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Christina Lemos - Blogs

Republicanos avançam e tentam ‘consenso’ para comandar Câmara Federal

Cargo controla fatia vital da pauta política e titular é o segundo na sucessão interina do presidente da República

Christina Lemos|Christina LemosOpens in new window


Hugo Motta deve ser escolhido como candidato à presidência da Câmara Reprodução/Instagram/@republicanos10nacamara

Sob o comando do deputado federal Marcos Pereira (SP), o partido Republicanos deu passo considerado decisivo para conquistar o segundo cargo mais importante no cenário político nacional: o de presidente da Câmara dos Deputados.

Após articulação em que Pereira desistiu da própria candidatura em favor do correligionário Hugo Motta (PB), o partido do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, conquistou chances reais de sentar-se à cadeira, hoje, de Arthur Lira (PP/AL).

Hugo Motta, parlamentar de quarto mandato, tido como político de padrão equilibrado de conduta e trânsito em várias correntes políticas, uma vez indicado como candidato de Lira na disputa, salta à condição de forte concorrente. Se eleito em 2 de fevereiro, aos 34 anos, seria um dos mais jovens a ocupar o posto.

As negociações tentam transformar Motta no candidato “agregador” dos votos de várias correntes políticas e contam com o empenho direto de Lira e até mesmo do presidente Lula.


O objetivo é evitar a fragmentação do poder dos grandes partidos e, na medida do possível, repetir uma votação expressiva para a presidência da Câmara, como a obtida pelo próprio Lira. O atual presidente da Câmara, que deixa o posto em fevereiro, assumiu após amplíssima votação: 464 dos 513 deputados conduziram o alagoano ao cargo.

As conversas tentam avançar no sentido de obter desistências de candidaturas de linhas políticas auxiliares de Lira, principal condutor do próprio processo de sucessão. Elmar Nascimento (União Brasil/BA) e Antônio Brito (PSD/BA) estão sendo pressionados a abandonar as respectivas candidaturas, como desdobramento da desistência de Marcos Pereira.


A depender da capacidade de Lira e Motta de angariar apoios em torno do republicano, ele seria “ungido” sucessor do alagoano na cadeira de presidente da Câmara. No entanto, para o sucesso da empreitada, será preciso aplacar feridas no correr do processo, inclusive com compensações polpudas. Estariam sobre a mesa, por exemplo, duas vagas no Tribunal de Contas da União — postos cobiçados em Brasília.

O poder do presidente da Câmara reside principalmente no controle da pauta de votações, na atribuição de dar andamento ou arquivar requerimentos espinhosos, como pedidos de impeachment e de perda de mandatos, e até mesmo na possibilidade de assumir interinamente a presidência da República em caso de vacância temporária ou permanente.

O presidente da Câmara é o segundo na linha sucessória do chefe do Executivo Federal, logo após o vice-presidente.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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