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Terceira via encolhe sem Moro e cai para 15% das intenções de voto

Soma das intenções de voto nunca foi tão baixa, o que indica consolidação de cenário eleitoral polarizado entre Bolsonaro e Lula

Christina Lemos|Do R7

Saída de Sérgio Moro da disputa tornou chances da terceira via ainda mais rarefeitas
Saída de Sérgio Moro da disputa tornou chances da terceira via ainda mais rarefeitas Saída de Sérgio Moro da disputa tornou chances da terceira via ainda mais rarefeitas

Os últimos levantamentos de institutos de pesquisa sobre as intenções de voto dos brasileiros acendem um sinal vermelho para os pré-candidatos da chamada terceira via que se apresentam como alternativa às duas candidaturas majoritárias, de Bolsonaro e Lula. Os números indicam encolhimento da aceitação de um projeto alternativo, com queda de 20% para 15% das intenções de voto, somando-se todos os pré-candidatos dessa corrente.

De acordo com o último levantamento nacional, feito pelo instituto Paraná Pesquisas, a soma de todos os seis postulantes da terceira via alcança 15,2%. Na consulta estimulada, João Doria (PSDB) teria 5,5%, Ciro Gomes (PDT), 5,4%, Simone Tebet (MDB), 1,9%, André Janones (Avante), 1,2%, Luciano Bivar (UB), 0,6%, Luiz Felipe d’Ávila (Novo), 0,6%.

Pesou para esse novo quadro a saída do ex-juiz Sérgio Moro da disputa. O pré-candidato migrou do Podemos para o União Brasil no último dia do prazo para a troca de partido e não obteve o aval de parte da nova legenda para ser o concorrente. Segundo analistas de institutos de pesquisa, parcela de seus potenciais eleitores passou a considerar o voto em Bolsonaro, principal favorecido com o episódio. O candidato escolhido para concorrer pelo União Brasil, o presidente da legenda, Luciano Bivar, tem menos de 1% das intenções de voto.

Entre os mais competitivos da terceira via, há problemas internos nas próprias legendas que abrigam as candidaturas. Casos de: João Doria, que luta para obter a união e o engajamento dos tucanos, com poucos avanços até aqui, e Simone Tebet, cuja pré-candidatura enfrenta oposição explícita de caciques tradicionais do MDB, que desejam aliança com Lula no Nordeste, por exemplo. Ciro Gomes também não tem progredido na aceitação dos eleitores e ainda recuou, passando a empatar com Doria, que tem altos índices de rejeição.

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O cenário é péssima indicação para os políticos da terceira via, que chegaram a marcar para 18 de maio a tentativa de unificação, com a eventual formação de uma chapa única para fazer frente à polarização entre Bolsonaro e Lula. Faltando cerca de duas semanas para a data estabelecida, não há sinal de acordo ou de entusiasmo com nenhuma das opções à mesa.

Neste 1º de Maio, Dia do Trabalhador, a polarização entre as duas candidaturas majoritárias ficou clara também nas ruas. Enquanto manifestantes marcaram posição dos dois lados em disputa, em várias capitais, os postulantes da terceira via se limitaram a publicações em redes sociais, em alusão à data.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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