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Afonso Paciléo

Microgerenciamento: o que é e como evitar?

O microgerenciamento de equipes é um comportamento comum que, na maioria das vezes, traz resultados negativos para as empresas. 

Empreendendo Direito|Do R7 e Afonso Pacileo


Líderes microgerenciadores acreditam que o controle excessivo é positivo, funcional e reduz as chances de erros no trabalho. No entanto, essa forma de liderar é uma das principais causadoras da desmotivação e rotatividade de funcionários.

Neste artigo, você vai entender o que é o microgerenciamento, quais são os seus impactos negativos e como evitar esse comportamento.

Segue a leitura!

O que é microgerenciamento


O microgerenciamento ocorre quando os líderes ou gestores exercem um controle excessivo sobre as ações dos membros de uma equipe.

Esse tipo de liderança não é bem visto no mundo dos negócios, mas ainda é muito comum. O acompanhamento minucioso de cada tarefa diária cria uma gestão “engessada” e prejudicial tanto para a equipe quanto para o próprio líder.


Você, provavelmente, deve estar se perguntando: “mas o papel de um líder não é acompanhar de perto seus liderados e ajudá-los sempre que necessário?”

Sim! Porém, é preciso tomar cuidado para não ultrapassar alguns limites. Um bom líder acompanha sua equipe e oferece assistência, mas também demonstra confiança nos colaboradores e nas suas capacidades individuais.


Já um microgerenciador não dá autonomia para a equipe e tem dificuldade em delegar tarefas e desapegar dos detalhes.

Comportamentos comuns do microgerenciamento

Essas são algumas das atitudes mais comuns de um líder que microgerencia sua equipe:

● Centraliza todas as atividades;

● É autoritário e não aceita sugestões;

● Faz questão de saber o que cada colaborador está fazendo a todo momento;

● Exige relatórios detalhados e atualizações constantes sobre o andamento dos projetos;

● Nunca está satisfeito com os resultados;

● Solicita inúmeras alterações;

● Não sabe delegar tarefas;

● Precisa ser copiado em todos os e-mails;

● Não confia nas habilidades da equipe;

● Acredita que é o único responsável pelos resultados positivos;

● Tem a necessidade de ser informado e autorizar qualquer ação dos colaboradores;

● Limita a criatividade da equipe.

E por que isso é ruim para os negócios?

O microgerenciamento impacta negativamente o gestor, a equipe e os resultados gerais da empresa.

As principais consequências desse tipo de liderança são:

1. Alta rotatividade de funcionários;

2. Gestor estressado e com uma carga de trabalho pouco saudável;

3. Equipe desmotivada e insatisfeita;

4. Menos criatividade e inovação;

5. Funcionários dependentes do gestor;

6. Baixa produtividade;

7. Processos cada vez mais lentos;

8. Ambiente de trabalho negativo;

9. Equipe não vê o gestor como um exemplo;

10. Não existe visão ampla do negócio.

Apesar disso, existem exceções. Em alguns casos, o microgerenciamento pode ser positivo e necessário.

Isso ocorre, por exemplo, na integração de um novo funcionário e no acompanhamento de um estagiário (que precisa de mais orientação e assistência). Outro caso é quando um colaborador apresenta baixo desempenho e, por isso, precisa ser microgerenciado.

Mesmo nessas situações, o microgerenciamento não pode ser duradouro. Isso deve ser um suporte temporário, até que o colaborador seja capaz de seguir com suas atividades com mais autonomia.

Como evitar o microgerenciamento

1. Cultura de feedbacks

Os feedbacks são essenciais para alinhar a atuação dos funcionários com as expectativas da empresa. Essa prática deve ser uma via de mão dupla. Dê o feedback para o colaborador, mas também esteja disposto a ouvir o que ele tem a dizer e sempre procure melhorar como líder.

2. Liderança positiva

A liderança positiva baseia-se na gestão humanizada de pessoas e tem o objetivo de valorizar os colaboradores. Dessa forma, é possível promover um clima organizacional saudável, mais produtivo e com equipes motivadas.

3. Confiar e delegar tarefas

A falta de confiança nos colaboradores é uma das principais causas do microgerenciamento. Para exercitar essa confiança e conseguir delegar tarefas dando autonomia, o líder deve conhecer a si mesmo e a sua equipe.

Pergunte-se, primeiro, de onde vem essa falta de confiança e dificuldade para delegar. A ideia é trabalhar a sua inteligência emocional.

Em seguida, converse abertamente com cada membro da equipe para conhecer seus pontos fortes e fracos e as principais habilidades de cada um. Dessa forma, será possível enxergar a melhor forma de dividir as tarefas.

4. Planejamento e gestão de processos

O planejamento é uma das melhores formas de evitar o microgerenciamento. As metodologias para gestão de processos, por exemplo, podem ajudar a organizar e acompanhar as tarefas sem a necessidade de microgerenciar.

5. Autoavaliação

Um bom líder deve ser capaz de avaliar suas próprias atitudes para entender se está no caminho certo. Por isso, se você percebe que pratica o microgerenciamento, é necessário se conscientizar, refletir sobre esse comportamento e procurar formas de melhorar a gestão.

Agora que você já entendeu o que é o microgerenciamento e as suas consequências, é hora de colocar essas dicas em prática e transformar o seu negócio.

A liderança baseada em confiança e comunicação saudável sempre será o melhor caminho para conquistar resultados positivos!

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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