Líderes microgerenciadores acreditam que o controle excessivo é positivo, funcional e reduz as chances de erros no trabalho. No entanto, essa forma de liderar é uma das principais causadoras da desmotivação e rotatividade de funcionários. Neste artigo, você vai entender o que é o microgerenciamento, quais são os seus impactos negativos e como evitar esse comportamento. Segue a leitura! O que é microgerenciamento O microgerenciamento ocorre quando os líderes ou gestores exercem um controle excessivo sobre as ações dos membros de uma equipe. Esse tipo de liderança não é bem visto no mundo dos negócios, mas ainda é muito comum. O acompanhamento minucioso de cada tarefa diária cria uma gestão “engessada” e prejudicial tanto para a equipe quanto para o próprio líder. Você, provavelmente, deve estar se perguntando: “mas o papel de um líder não é acompanhar de perto seus liderados e ajudá-los sempre que necessário?” Sim! Porém, é preciso tomar cuidado para não ultrapassar alguns limites. Um bom líder acompanha sua equipe e oferece assistência, mas também demonstra confiança nos colaboradores e nas suas capacidades individuais. Já um microgerenciador não dá autonomia para a equipe e tem dificuldade em delegar tarefas e desapegar dos detalhes. Comportamentos comuns do microgerenciamento Essas são algumas das atitudes mais comuns de um líder que microgerencia sua equipe: ● Centraliza todas as atividades; ● É autoritário e não aceita sugestões; ● Faz questão de saber o que cada colaborador está fazendo a todo momento; ● Exige relatórios detalhados e atualizações constantes sobre o andamento dos projetos; ● Nunca está satisfeito com os resultados; ● Solicita inúmeras alterações; ● Não sabe delegar tarefas; ● Precisa ser copiado em todos os e-mails; ● Não confia nas habilidades da equipe; ● Acredita que é o único responsável pelos resultados positivos; ● Tem a necessidade de ser informado e autorizar qualquer ação dos colaboradores; ● Limita a criatividade da equipe. E por que isso é ruim para os negócios? O microgerenciamento impacta negativamente o gestor, a equipe e os resultados gerais da empresa. As principais consequências desse tipo de liderança são: 1. Alta rotatividade de funcionários; 2. Gestor estressado e com uma carga de trabalho pouco saudável; 3. Equipe desmotivada e insatisfeita; 4. Menos criatividade e inovação; 5. Funcionários dependentes do gestor; 6. Baixa produtividade; 7. Processos cada vez mais lentos; 8. Ambiente de trabalho negativo; 9. Equipe não vê o gestor como um exemplo; 10. Não existe visão ampla do negócio. Apesar disso, existem exceções. Em alguns casos, o microgerenciamento pode ser positivo e necessário. Isso ocorre, por exemplo, na integração de um novo funcionário e no acompanhamento de um estagiário (que precisa de mais orientação e assistência). Outro caso é quando um colaborador apresenta baixo desempenho e, por isso, precisa ser microgerenciado. Mesmo nessas situações, o microgerenciamento não pode ser duradouro. Isso deve ser um suporte temporário, até que o colaborador seja capaz de seguir com suas atividades com mais autonomia. Como evitar o microgerenciamento 1. Cultura de feedbacks Os feedbacks são essenciais para alinhar a atuação dos funcionários com as expectativas da empresa. Essa prática deve ser uma via de mão dupla. Dê o feedback para o colaborador, mas também esteja disposto a ouvir o que ele tem a dizer e sempre procure melhorar como líder. 2. Liderança positiva A liderança positiva baseia-se na gestão humanizada de pessoas e tem o objetivo de valorizar os colaboradores. Dessa forma, é possível promover um clima organizacional saudável, mais produtivo e com equipes motivadas. 3. Confiar e delegar tarefas A falta de confiança nos colaboradores é uma das principais causas do microgerenciamento. Para exercitar essa confiança e conseguir delegar tarefas dando autonomia, o líder deve conhecer a si mesmo e a sua equipe. Pergunte-se, primeiro, de onde vem essa falta de confiança e dificuldade para delegar. A ideia é trabalhar a sua inteligência emocional. Em seguida, converse abertamente com cada membro da equipe para conhecer seus pontos fortes e fracos e as principais habilidades de cada um. Dessa forma, será possível enxergar a melhor forma de dividir as tarefas. 4. Planejamento e gestão de processos O planejamento é uma das melhores formas de evitar o microgerenciamento. As metodologias para gestão de processos, por exemplo, podem ajudar a organizar e acompanhar as tarefas sem a necessidade de microgerenciar. 5. Autoavaliação Um bom líder deve ser capaz de avaliar suas próprias atitudes para entender se está no caminho certo. Por isso, se você percebe que pratica o microgerenciamento, é necessário se conscientizar, refletir sobre esse comportamento e procurar formas de melhorar a gestão. Agora que você já entendeu o que é o microgerenciamento e as suas consequências, é hora de colocar essas dicas em prática e transformar o seu negócio. A liderança baseada em confiança e comunicação saudável sempre será o melhor caminho para conquistar resultados positivos!