Por mais estudo que haja sobre o tema, a fauna e a tecnologia continuam em rota de colisão algumas vezes. Mais um caso de "bird strike" foi registrado no último sábado (23). O protagonista desta vez foi um Airbus A321-200N da Lufthansa, registro D-AIEF que cumpria o voo LH-1554 de Frankfurt / Main (Alemanha) para Heraklion (Grécia). Aaeronave se aproximava da pista 27 de Heraklion quando um pássaro colidiu com o nariz do avião. Apesar do impacto, o A321 manteve a operação para o pouso seguro na pista 27. O dano na fuselagem impediu o Airbus de cumprir o vôo de retorno, que - segundo o AvHerald - foi programado para decolar com um atraso de 24 horas. As colisões entre pássaros e aviões (bird strike) causam dano à fauna e prejuízos milionários às companhias aéreas, conforme o blog explicou recentemente ao relatar uma colisão de um abutre com um A350-900 da Iberia em Madrí. E uma das consequências do incidente é o atraso nos voos seguintes a serem cumpridos pela aeronave danificada, causando ainda inconveniências aos passageiros. Entre as ações para evitar um "bird strike" estão ações como a remoção de poças de água, extermínio de insetos e disparos de armas de ruídos, na tentativa de manter os pássaros afastados das pistas. Artigo publicado recentemente em revista especializada por dois pesquisadores da Embrapa Pecuária Sudeste (São Carlos, SP) e ressaltado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária propõe o termo “Agricultura de aeroporto” para definir um conjunto de técnicas de manejo de cobertura vegetal de solo que pode reduzir a presença de aves e de outros animais em áreas próximas a pistas de aeroportos. Francisco Dübbern de Souza e Marcos Rafael Gusmão escreveram o texto “Cobertura vegetal em aeroportos e gerenciamento de risco de fauna: uma visão agronômica” para a Revista Conexão SIPAER, uma publicação científica brasileira que trata da segurança de voos. Resumidamente, a proposta é manejar o solo de modo que a vegetação nas áreas próximas às pistas dos aeródromos reduzam as oportunidades de alimentação, tornando a área menos atrativa para a fauna. Cientistas também investem em tecnologias como a ativação de radares que perturbam os pássaros.