Na próxima semana, acontece em Toronto, no Canadá, a oitava edição da Conferência Americana de Ground Handling, organizada pela GHI (Ground Handling International). O evento está agendado para os dias 25, 26 e 27 de junho, e já no primeiro dia, a Abesata (Associação Brasileira das Empresas de Serviços Auxiliares de Transporte Aéreo) trará destaque ao CRES, um programa de certificação brasileiro.Elber Biondi, diretor da entidade, participa do primeiro debate do dia 25 de junho, intitulado “The Big Debate: In every crisis there is opportunity”, sobre as oportunidades geradas em meio às crises, acompanhado de uma autoridade dos aeroportos canadenses, Larry Shack, Atul Kumria, diretor da Spirit Airlines, Andrew Abbona, da Air Canadá, Phil McGrane, CEO da dnata no Brasil e Serge Elkhoueiry, da AGI. Na ocasião, a Abesata irá demonstrar a necessidade dos operadores aéreos e de aeródromos valorizarem o CRES como uma das ferramentas para separar o joio e assim facilitar a transposição de crises que comumente surgem.Na parte da tarde, ainda no primeiro dia do evento, intitulado “Contracts: Boosting SLA performance – more carrots and less sticks?”, a Abesata estará em novo painel a respeito do aprimoramento da performance do SLA (Acordo de Nível de Serviço, em inglês).Entre outros motivos, será dado destaque para o fato de que os SLAs são construídos e alicerçados em punições e isto gera círculos viciosos e, por consequência, causa precarização do setor de “ground services providers”. A padronização, através de uma certificação, pode minimizar os prejuízos e custos advindos desse círculo vicioso.A conferência estima mais de 450 representantes de empresas em solo, fabricantes, administradores de aeroportos e companhias aéreas. “A receptividade do modelo brasileiro de autorregulação tem sido muito grande e é fundamental esta troca de experiências para que possamos todos evoluir para o melhor modelo de serviços em solo”, declara o presidente da Abesata, Ricardo Aparecido Miguel.O CRES é um programa de autorregulação voluntário, lançado em Brasília DF em 22 de junho de 2022, que tem como objetivo garantir a segurança operacional, a qualidade e a segurança jurídica na oferta de serviços auxiliares ao transporte aéreo. Para obter o certificado, as empresas devem passar por uma auditoria independente que avaliará seu desempenho em dimensões regulatórias, financeiras, operacionais, entre outras. Atualmente são 11 empresas brasileiras certificadas.