American Airlines encerra política de contratação baseada na diversidade
Decisão foi tomada após acusações de discriminação por uma entidade conservadora
A American Airlines encerrou sua prática de contratação com base na diversidade, equidade e inclusão após enfrentar acusações de discriminação por uma entidade conservadora americana.
A decisão da companhia aérea ocorre após uma ação movida pela America First Legal, sob o argumento de que essas práticas - conhecidas nos Estados Unidos como DEI (Diversidade, Equidade e Inclusão), discriminavam candidatos não pertencentes a minorias. O grupo conservador alega que as práticas de contratação de DEI priorizam injustamente a diversidade em detrimento do mérito.
A America First Legal é liderada por Stephen Miller, ex-assessor sênior do presidente Donald Trump. Considerado o arquiteto das polêmicas políticas de migração e fronteiras na gestão de Trump, Miller foi indicado pelo presidente eleito como vice-diretor de políticas da Casa Branca para o próximo mandato.
A American Airlines teria concordado em acabar com as práticas de contratação e emprego de DEI. Em meados de dezembro, a America First Legal anunciou que a companhia aérea concordou em “abandonar práticas discriminatórias de emprego” depois que a AFL entrou com uma queixa contra a transportadora e contra outra aéra americana, a Southwest Airlines
“Apesar de receber mais de US$ 140 milhões em contratos do governo federal desde 2008 e prometer, de acordo com a Ordem Executiva 11246, que não discriminará na contratação, promoção ou treinamento de funcionários por causa de raça, cor, religião, sexo ou nacionalidade, a American Airlines se envolveu explicitamente em discriminação racial e sexual em programas de contratação, recrutamento da Academia de Cadetes e processos promocionais”, afirmou o grupo conservador.
Já os defensores do DEI alegam que a prática promove tratamento justo e participação no processo de contratação para pessoas de diversas origens, reconhece e valoriza as diferenças entre as pessoas, garante oportunidades justas para todos, supera preconceitos inconscientes, além de promover um ambiente de trabalho onde todos se sintam bem-vindos e respeitados.