A Azul anuncia nesta terça-feira a conclusão do processo de negociação com seus arrendadores e fabricantes de aeronaves e detentores de títulos de dívidas, que resulta em uma exclusão de mais de R$ 11 bilhões de dívidas e obrigações da companhia. Esse resultado provém da troca dos instrumentos conversíveis em participação da companhia com seus parceiros comerciais no valor de R$ 3,3 bilhões em 94 milhões de ações preferenciais AZUL4 e da conversão de mais de R$ 4,6 bilhões de dívidas financeiras com vencimento em 2029 e 2030, além de outras melhorias no fluxo de caixa da empresa. Com mais de 16 anos de operação no Brasil, a companhia se viu no ano passado diante de cenários externos além do controle da empresa, com a desvalorização do real frente ao dólar; os custos da operação, altamente impactados pelo preço do querosene de aviação, que é um dos mais caros do mundo; o alto índice de judicialização no setor; a crise global de Supply Chain; e as enchentes no Rio Grande do Sul. Mesmo diante desse cenário extremamente desafiador, a Azul conseguiu negociar de forma amigável com seus investidores e parceiros comerciais e financeiros, conquistando mais uma vez a confiança do mercado em geral. “Este é mais um momento muito importante na história da Azul, pois encerra um processo de negociação que torna a nossa empresa mais sólida e robusta. Além da extinção de R$ 11 bilhões das obrigações financeiras, recebemos hoje um aporte de novo capital de mais de R$ 3,1 bilhões, que irão reforçar o balanço da companhia e garantir que estejamos mais fortes que nunca”, destaca John Rodgerson, CEO da Azul. A negociação da extinção de obrigações inclui acordos comerciais estratégicos com arrendadores, fabricantes e outros fornecedores, garantindo ainda um fortalecimento no fluxo de caixa de mais de R$ 1,8 bilhão até o final de 2027. A finalização dos acordos, além de proporcionar uma melhoria no fluxo de caixa nos próximos três anos, trará uma desalavancagem de aproximadamente 1,4x de maneira pró-forma sobre os números do 3º trimestre de 2024. “Estamos muito otimistas em relação ao futuro da Azul. Temos prevista a chegada de 15 novos Embraer E2 ao longo do ano, que serão extremamente valiosos para garantir a conectividade dos nossos Clientes e ampliar o acesso ao modal aéreo em todo o País. Agradecemos a confiança de nossos parceiros e investidores que nos permitiu concluir com sucesso essa negociação de maneira amigável e que seguirão nos apoiando no fortalecimento constante da Azul”, conclui o executivo. Sobre a Azul Azul S.A. (B3: AZUL4, NYSE: AZUL), a maior companhia aérea do Brasil em número de partidas e cidades atendidas, oferece 1.000 voos diários para mais de 160 destinos. Com uma frota operacional de mais de 180 aeronaves e mais de 16 mil tripulantes, a companhia possui uma malha de 300 rotas diretas. A Azul foi eleita pela Cirium (empresa líder em análise de dados de aviação) como a 2ª companhia aérea mais pontual do mundo em 2023. Em 2020, a Azul foi premiada como a melhor companhia aérea do mundo pelo TripAdvisor, sendo a primeira vez que uma companhia aérea brasileira conquistou o primeiro lugar no Traveller’s Choice Awards.