Espaço aéreo da Ucrânia está vazio desde a ação militar russa
Boletim aeronáutico foi emitido para restringir operações da aviação civil sobre a Ucrânia. Voos de várias companhias com destino a Kiev e Moscou retornaram à origem
Luiz Fara Monteiro|Do R7
Um boletim NOTAM de emergência foi emitido no final da noite por autoridades de aviação civil para restringir operações no espaço aéreo ucraniano, após a ação militar russa no país vizinho.
"Restrito devido ao potencial risco para a aviação civil", diz o comunicado enviado a companhias aéreas em todo o mundo.
NOTAM (Notice to Airman ou Notice to Air Mission) é uma mensagem que tem por finalidade divulgar alterações e restrições temporárias que possam ter impacto nas operações aéreas, como, por exemplo, a indisponibilidade de determinado auxílio para a navegação aérea, uma pista que esteja interditada ou, como é o caso, o fechamento de uma porção do espaço aéreo.
A consequência imediata desse NOTAM é a completa ausência de aeronaves civis no espaço aéreo ucraniano, como revelam dados da plataforma de rastreamento de voos AirNav RadarBox.
Um dos alvos dos ataques russos foi o aeroporto da cidade ucraniana de Mariupol.
O voo AI 1947 da Air India, que ia de Délhi (DEL) para Kiev (KBP), retornou à origem poucas horas após a decolagem devido ao ataque russo ao território ucraniano. O voo da Air India era operado por um Boeing 787-800 Dreamliner, de registro VT-ANC, fabricado sete anos atrás.
Nas últimas semanas, companhias como a KLM, Air France, Lufthansa e Swiss anunciaram a suspensão de voos para Kiev, pela possibilidade de conflito na região.
E não são apenas voos para Kiev que estão retornando à origem.
Uma aeronave da companhia grega Aegean que cumpria o voo A3880, de Atenas (ATH) para Moscou (DME), retornou à capital grega depois que a Rússia deflagrou a operação militar em território ucraniano. Outros voos de companhias europeias estão retornando à origem.
Além da suspensão dos voos para a região, o aumento no preço do petróleo causado pelo conflito preocupa as companhias aéreas em todo o mundo, o que pode acarretar aumentos no valor do combustível de aviação e, consequentemente, nas tarifas.
