Uma bateria explodindo ou um laptop superaquecido podem ser a causa do incêndio que ocorreu em um avião Airbus A321 da Air Busan no Aeroporto Internacional de Gimhae, em Busan, Coreia do Sul, na noite de terça-feira, destruindo o avião e deixando sete pessoas feridas.Vídeos de testemunhas oculares feitos por passageiros e funcionários do aeroporto durante a evacuação do voo BX391 da Air Busan em 28 de janeiro revelaram a rapidez com que as chamas consumiram a aeronave de corredor único enquanto ela se preparava para decolar para Hong Kong.Os passageiros tinham acabado de embarcar no avião por volta das 22h15 de terça-feira quando algumas testemunhas disseram ter ouvido estalos vindos de um compartimento superior na parte traseira daaeronave. Pouco tempo depois, fumaça começou a sair para dentro da cabine.Os pilotos rapidamente iniciaram uma evacuação por meio de escorregadores de emergência, com todas as 176 pessoas a bordo, incluindo sete membros da tripulação, escapando com sucesso do avião em chamas. Três passageiros, no entanto, sofreram ferimentos leves durante a evacuação, e quatro membros da tripulação foram tratados por inalação de fumaça.Segundo informações da PYOK, o Ministério de Terras, Infraestrutura e Transporte da Coreia do Sul diz que está trabalhando para criar um comitê de acidentes para chegar ao fundo do que ocorreu no avião da Air Busan.Embora os investigadores ainda não estejam descartando a possibilidade de terrorismo, atualmente não há evidências que sugiram que esse seja o caso, e acredita-se que seja uma explicação improvável para o incêndio.Em vez disso, os investigadores estão se concentrando na teoria de que uma bateria de lítio carregada a bordo do avião por um passageiro pode ser a causa do incêndio.As baterias de íons de lítio, que não apenas alimentam aparelhos eletrônicos portáteis como smartphones, laptops e tablets, mas também são transportadas a bordo como carregadores portáteis, tornaram-se uma preocupação significativa para as companhias aéreas, que temem um cenário exatamente como o que ocorreu na terça-feira à noite.Nos últimos anos, não têm sido raras as ocorrências em número crescente de incêndios de baterias de lítio a bordo de aviões. Uma das maiores preocupações com um incêndio de bateria de lítio é que pode ser complicado extingui-lo devido a um processo chamado ‘fuga térmica’. Até mesmo por isso, agentes de aeroporto perguntam sempre aos passageiros no embarque sobre a presença desses dispositivos em bagagens despachadas, uma vez que no porão de carga fica mais difícil conter esses incidentes. E é muito importante que os passageiros fiquem atentos na hora de distribuir seu conteúdo de bagagem.Para evitar o risco de fuga térmica, a Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA) pediu aos passageiros que evitem carregar seus dispositivos antes de embarcar em um voo.“Se você sabe que levará um dispositivo que não usará durante a viagem, é melhor deixá-lo com uma bateria com carga mais baixa”, explicou Robert Ochs, gerente do Departamento de Segurança contra Incêndio do Centro Técnico William J. Hughes da FAA, a Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos.“Então, se estiver em 30%, digamos, ou menos, é menos provável que sofra fuga térmica, e a reação seria menos severa.”Para extinguir um incêndio em uma bateria de lítio durante o voo, os comissários de bordo têm várias ferramentas à disposição, incluindo sacos especiais para contenção de incêndio que removem o suprimento de oxigênio e, portanto, apagam o fogo.Outro método, no entanto, é simplesmente submergir o dispositivo em água, resfriando-o a um nível que eventualmente interrompa a fuga térmica.De qualquer forma, especialistas em segurança recomendam que os passageiros levem apenas dispositivos com bateria de lítio na bagagem de mão, pois não há uma maneira fácil de combater um incêndio se ele ocorrer no porão de carga.