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Luiz Fara Monteiro

Passageiros indisciplinados vão à Justiça e fazem aérea suspender voos entre países africanos

Airlink, da África do Sul, disse que ação judicial em Moçambique inclui requerimento para que sua aeronave fosse apreendida até a conclusão do processo

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Airlink: proteção contra apreensão de aeronave a pedido de passageiros indisciplinados Divulgação Airlink

A aérea sul-africana Airlink suspendeu suas operações para a cidade de Nampula, em Moçambique, depois que dois passageiros entraram com uma reclamação na justiça contra a companhia na justiça moçambicana, por terem sido retirados de um voo em Joanesburgo por suposta indisciplina a bordo.

A reclamação foi acompanhada de um requerimento judicial em Moçambique para que a aeronave que operasse voos para Nampula fosse apreendida, enquanto se aguarda o resultado da ação, o que levou a empresa a suspender suas operações, informa o site sul-africano IOL.

A Airlink declarou que o “comportamento indisciplinado e ameaçador” dos dois passageiros em Joanesburgo levou ao desembarque deles e dos familiares que os acompanhavam, voluntariamente", sem, no entanto, detalhar o incidente.

A companhia aérea, regulamentada pelo Acordo Bilateral de Serviços Aéreos (BASA) entre a África do Sul e Moçambique, é uma transportadora sul-africana designada, fornecendo cerca de 70% das viagens aéreas comerciais regulares entre os dois países.


“Em termos do BASA, as autoridades respectivas de ambos os estados são obrigadas a intervir para impedir qualquer apreensão ilegal de aeronaves operadas pela Airlink, incluindo quaisquer ameaças de apreensão. Com base nisso, a Airlink notificou o Departamento de Transportes da África do Sul, o Departamento de Relações Internacionais e Cooperação, bem como a SACAA (Autoridade de Aviação Civil da África do Sul) e sua autoridade equivalente de Moçambique, a IACM.”

O CEO e diretor administrativo da Airlink, Rodger Foster, disse que, dada a ameaça e o potencial de apreensão de aeronaves da Airlink, foi tomada a decisão de suspender todas as operações de e para Nampula enquanto o assunto é tratado por meio de canais legais e diplomáticos.


“Sabemos que isso tem consequências prejudiciais para o comércio, o turismo e as viagens de negócios e lazer entre os mercados afetados, mas não se pode esperar que nenhuma companhia aérea continue a fornecer um serviço nessas condições”, disse Foster.

Foster disse que a Airlink tem uma política rigorosa de tolerância zero em relação a comportamento indisciplinado a bordo de suas aeronaves, já que a segurança e o bem-estar de seus passageiros, tripulação e aeronave vêm antes de qualquer outra consideração operacional.


“Qualquer interferência, ameaça ou beligerância contra nossa tripulação, ou interrupção da tarefa principal da tripulação de fornecer segurança aos passageiros, coloca em risco a vida de todos a bordo”, disse ele.

A companhia aérea disse que os clientes afetados pelo cancelamento de voos de e para Nampula na terça-feira, 7 de janeiro de 2025, receberão um reembolso total ou serão redirecionados via Maputo, Beira ou Vilanculos.

A Airlink declarou que o incidente foi tratado de acordo com os regulamentos da Aviação Civil da África do Sul. “Conforme exigido por lei, o incidente foi relatado na época às autoridades relevantes, incluindo a Autoridade de Aviação Civil da África do Sul.”

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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