O World Cargo Symposium é construído em torno do tema “manter o impulso, construir resiliência”. Brendan Sullivan, Head of Cargo da IATA, diz que a necessidade de agilidade e robustez será muito importante em todas as variáveis.
“Estamos superando a pandemia, mas agora temos problemas geopolíticos e turbulência econômica”, diz ele. “A carga aérea precisa continuar se adaptando e agregando valor à indústria e ao mundo em geral.”
Existem três caminhos principais no WCS: digitalização, sustentabilidade e segurança e proteção.
A digitalização é um imperativo no transporte aéreo de carga para fazer a transição de um ambiente de mensagens para uma estrutura holística e digital. O projeto ONE Record da IATA está liderando o caminho, mas o espaço de digitalização está maduro para novos negócios que melhorarão o gerenciamento e o rastreamento de remessas.
“Governos e indústria devem estar alinhados”, diz Sullivan. O objetivo da digitalização é trazer eficiência e, portanto, os parceiros devem seguir nessa jornada juntos.”
A sustentabilidade, por sua vez, é um dado adquirido para todos os setores da aviação. A carga aérea compartilha as principais áreas de interesse, como a redução das emissões de carbono. Mas existem alguns desafios específicos, incluindo descobrir a pegada de carbono de uma cadeia de suprimentos complexa. A carga aérea precisa entender e medir as emissões de carbono em todas as etapas da jornada de uma remessa antes que possa trabalhar para reduzir essas emissões.
“Também estamos analisando o desperdício na cadeia de suprimentos e como lidamos com isso”, diz Sullivan. “E a modernização das instalações no terreno também tem de ser feita de forma sustentável. Mas precisamos discutir exatamente como isso afetará nossos processos e eficiência.”
Quanto à segurança e proteção, as baterias de lítio continuam a ganhar as manchetes. Mas o comércio eletrônico está se tornando uma preocupação crescente simplesmente porque há muitos vendedores. Não é realista esperar que todos tenham conhecimento ou experiência em risco de aviação. A questão passa então a ser como gerir a segurança nesta área de negócio em crescimento.
“ULDs também são críticos para segurança e eficiência”, diz Sullivan. “Nós os usamos efetivamente para pré-carregar aeronaves e há muitos desenvolvimentos nessa área. Os governos devem ser mais rápidos na definição de padrões.”
A WCS se concentrará em todos esses tópicos e muito mais. A carga aérea está cada vez mais em destaque devido ao seu desempenho durante a pandemia, mas isso deve se traduzir em investimento robusto. Embora existam alguns casos específicos de dinheiro sendo investido em carga aérea, não é uma tendência geral.
“Com o aporte financeiro certo, a carga aérea continuará agregando valor à indústria e ao mundo”, resume Sullivan. “Isso gerará cerca de US$ 200 bilhões este ano – receita vital para as companhias aéreas. E depois há a distribuição rápida e global de bens, ajuda humanitária e vacinas. O WCS é a oportunidade ideal para mostrar o excelente trabalho que este setor está fazendo e discutir os insights que o impulsionarão para um futuro sustentável”.