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Luiz Fara Monteiro

Solidariedade nas nuvens: iniciativa da aviação executiva amplia transporte de órgãos no Brasil

TransplantAR conseguiu mais de 60 novos apoios durante o Catarina Aviation Show 2025, evento referência no setor

Luiz Fara Monteiro|Luiz Fara MonteiroOpens in new window


Solidariedade, agilidade e inovação salvaram 44 vidas em apenas seis meses. Esse é o resultado do TransplantAR, programa que conecta operadores e donos de aeronaves da aviação privada para viabilizar o transporte gratuito de órgãos e tecidos no Brasil. A iniciativa ganhou força durante o Catarina Aviation Show 2025, evento referência no setor de aviação executiva, onde conquistou 64 novos apoios.

Com dimensões continentais e infraestrutura desigual, o Brasil enfrenta desafios logísticos em diversos setores. No caso do transporte de órgãos para transplante, o tempo é ainda mais crítico. Segundo a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), entre 5% e 10% das doações não se concretizam por falhas logísticas.

Até pouco tempo, a responsabilidade por esse transporte recaía apenas sobre a Força Aérea Brasileira (FAB) e companhias aéreas comerciais. Porém, a frota reduzida e o alcance limitado comprometem a agilidade necessária para salvar vidas.


Foi diante desse cenário que o comandante Francisco Lyra, com quase 50 anos de experiência na aviação, lançou um desafio ao setor: “Por que a aviação executiva não pode contribuir? Se cada proprietário de aeronave doar um voo por mês, conseguimos zerar o desperdício de órgãos no país”, afirma.


A proposta faz sentido: enquanto as companhias comerciais operam 622 aeronaves que acessam cerca de 140 cidades, a aviação privada conta com mais de 10 mil aviões e alcance em 3.500 municípios, uma capilaridade estratégica para cumprir prazos críticos. Corações e pulmões, por exemplo, só resistem por até quatro horas após a retirada.

Resultados concretos


Em apenas seis meses, o TransplantAR realizou 36 voos solidários, transportando 32 corações, 7 pulmões, 4 fígados e 1 pâncreas, o que salvou 44 vidas. Para efeito de comparação, no mesmo período, a FAB transportou 38 corações. Ou seja: a iniciativa praticamente dobrou a capacidade nacional de transporte desse órgão vital.

No Catarina Aviation Show 2025, o principal evento da aviação executiva do país, promovido pela JHSF em parceria com a NürnbergMesse Brasil e apresentado pelo Bradesco Global Private Bank, o TransplantAR ampliou sua rede de apoio.


Durante o encontro, foram estabelecidas conexões com operadores, proprietários de aeronaves e doadores de serviços, como o de uma empresa de catering, por exemplo. “Os voluntários que agregamos durante o evento, juntam-se a uma lista de 40 proprietários que já são nossos parceiros. Cada adesão mostra que a aviação pode ir além dos negócios e do turismo. Pode ser também um ato de solidariedade e compromisso com o próximo”, conclui Lyra.

Sobre a NürnbergMesse Brasil

A NürnbergMesse Brasil é uma das três maiores empresas organizadoras de eventos e exposições do país. Subsidiária do Grupo NürnbergMesse, promove os mais importantes encontros de negócios da América Latina, onde reúne fornecedores, distribuidores e revendedores de diversos segmentos da economia. O propósito da companhia é ajudar no desenvolvimento da indústria nacional e na relevância do Brasil no mercado externo. Entre os principais eventos promovidos no país estão a Expo Revestir, Haus Decor Show, PET South America, PET VET, FCE Pharma, FCE Cosmetique, Analitica Latin America, Glass South America, E-squadria Show, ABRAFATI SHOW, Construlev Expo, Catarina Aviation Show e BFSHOW.

Sobre a JHSF

Empresa líder do setor de alta renda que atua nos pilares: shoppings e varejo, hospitalidade e gastronomia, aeroporto executivo, locação e clubs, negócios imobiliários e gestão de fundos, com a JHSF Capital. Fundada em 1972, a empresa tem como área principal de atuação e investimento o segmento de alta renda, com foco em atividades de renda recorrente. A empresa atua tanto no mercado brasileiro como em outros países, como Estados Unidos, Itália, Portugal, Reino Unido e Uruguai. Foi a primeira empresa do ramo imobiliário brasileiro a priorizar ativos de renda recorrente, incluindo a exploração de shopping centers, um aeroporto e hotéis, além dos projetos imobiliários.

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