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Luiz Fara Monteiro

Turista brasileira que teve malas trocadas e passou 38 dias na prisão fala sobre proteção de bagagens

Kátyna Baía, presa na alemanha e CEO da Protec Bag, Paulo Fabra, criador da empresa de proteção a bagagem depois de sofrer com extravio de itens em 1989, compartilham dicas

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Vítimas contam sofrimento em aeroportos e dão dicas de como ter suas malas seguras Divulgação

O fim do ano é marcado por aeroportos lotados e viagens em família, mas também por situações delicadas, como extravio, furtos e danos em bagagens. Pensando nisso, especialistas em segurança de bagagem alertam para a necessidade de adotar medidas preventivas, especialmente em um período de intenso movimento nos terminais.

Problemas envolvendo bagagens nos aeroportos são mais comuns do que se imagina. Muitos viajantes relatam furtos de itens, malas danificadas e até situações de extravio em conexões longas. Para piorar, nem sempre é fácil comprovar que houve uma violação, o que torna o processo de reclamação burocrático e, muitas vezes, frustrante para o passageiro. E não é de hoje.

Em 1989, em uma viagem a Barcelona, ao chegar no hotel o advogado Paulo Fabra percebeu que diversos itens pessoais haviam sido extraviados de dentro da sua bagagem. Em contato com a companhia aérea, esta não se responsabilizou pelo dano, deixando o prejuízo para Paulo. Foi quando ele teve a ideia de um plástico que envolveria a mala e a protegeria de danos e também preveniria furto e extravio. Assim nasceu a Protec Bag, empresa brasileira pioneira no ramo de proteção a bagagem que hoje tem um plástico exclusivo e 100% biodegradável.

“A plastificação como é feita em nossas lojas é praticamente inviolável. Tanto que, em alguns pacotes de venda, colocamos um estilete para facilitar a retirada do filme quando se chega no destino.”. conta Paulo.


Com a época de festas, é normal que os aeroportos fiquem mais cheios e, com isso, o número de incidentes com as bagagens também aumentem. O fundador da Protec Bag lista algumas dicas de proteção para os viajantes seguirem.

“Tenham sempre as malas protegidas. Cadeado não protege a bagagem do passageiro. As ações dos criminosos são ágeis em abrir os zíperes das malas, e o cadeado nada pode fazer contra isso. Basta uma caneta para violar uma bagagem com zíper. Prefira comprar malas que não tenham zíper, que se fecham com dispositivos de encaixe. Identifique muito bem a sua bagagem, pois, em caso de perda ou extravio, isso será fundamental para encontrá-la. E , quanto aos pertences de bordo, também fique atento às bagagens de mão que são colocadas acima dos assentos, especialmente em viagens noturnas, porque muitos ladrões aproveitam esse momento para violar a sua bagagem.”, alerta o advogado.


“Outra dica é grampear a etiqueta da bagagem colada pela cia aérea,justamente para que os criminosos não consigam tirar para colocar em uma outra mala com droga, como fizeram no caso da Kátyna”, completa.

Kátyna, a quem Paulo se refere, é a influencer Kátyna Baía, de 45 anos, que no início de 2023 viveu um trauma por conta da falta de segurança em um aeroporto. Ao chegar em Frankfurt, na Alemanha, Kátyna e sua companheira Jeanne Paollini, de 41 anos, tiveram suas malas trocadas por uma quadrilha internacional. As mulheres, então, foram paradas pelos oficiais do aeroporto que encontraram drogas nas bagagens, rendendo às mulheres 38 dias de cárcere no país.


Toda essa confusão ainda causou o cancelamento do visto americano das duas, visto que o consulado dos Estados Unidos, por conta da prisão equivocada na Alemanha, julgou perigoso recebê-las em solo americano.

“De fato já presenciamos vários desconfortos relacionados ao despacho de bagagem, como malas extraviadas, malas danificadas e itens que foram retirados das malas de passageiros. É uma situação muito complicada de se resolver e difícil de provar. Infelizmente na maior parte dos casos o passageiro saiu no prejuízo.”, desabafa Kátyna.

Desde os ocorridos, o casal toma medidas extras de cautela durante viagens nacionais e internacionais justamente para não reviver lembranças tão sofridas.

“Depois que caímos no golpe da mala percebemos como a segurança no despacho de bagagem no Brasil é vulnerável. Não tínhamos o hábito de trancar ou envelopar a mala. Hoje temos malas com cadeado TSA, sempre envelopamos nossas malas e além disso evitamos conexões longas horas. A dica que damos é que cada viajante deve fazer uso de todas as estratégias de segurança para evitar cair em golpes como caímos.”, finaliza.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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