Estudo pioneiro identifica doenças mais prejudiciais à macadâmia no Brasil
Queima dos racemos e a podridão do tronco podem afetar o cultivo
O Brasil produz em torno de 4 a 7 mil toneladas anuais de macadâmia. A produção nacional representa apenas 2% da produção global, e os estados que mais cultivam são Rio de Janeiro e São Paulo.
O primeiro estudo sobre doenças da macadâmia, que identificou as principais moléstias e propõe soluções para o manejo, foi feito pela Embrapa Meio Ambiente (SP), em parceria com a Universidade Estadual Paulista (Unesp) e a empresa QueenNut Macadâmia.
Durante dois anos foram analisadas amostras coletadas no município de Dois Córregos, São Paulo.
“À época foi detectada a necessidade de conhecer as principais doenças que estavam ocorrendo na cultura e a práticas mais adequadas de controle e prevenção”, disse Bernardo Halfeld, pesquisador da Embrapa.
A queima dos racemos, causada pelo fungo Cladosporium xanthochromaticum, afeta a planta durante o período de floração. Os pesquisadores recomendam a eliminação de restos de flores de safras anteriores e a poda para aumentar a ventilação da copa.
Já a podridão do tronco é provocada pelo fungo Lasiodiplodia pseudotheobroma e forma cancros no tronco. Para o manejo, sugerem a remoção de galhos afetados, proteção de ferimentos com produtos protetores à base de cobre e poda em estações menos propícias à doença, como outono e inverno.