Expedição Basilicata: Pimentão seco
Crocante e adocicado, faz toda diferença no prato e é considerado o ouro vermelho da região
Quase tudo na Itália tem um selo para garantir sua procedência e excelência. E até o “peperone cruschi” tem o selo IGP.
Durante a viagem do Jornal da Record ao sul da Itália, a convite da ENIT, tivemos a oportunidade de conhecer mais um produto saboroso e curioso.
Diz a lenda que eles foram trazidos das Antilhas no século 17 para a Basilicata.
A produção acontece numa área que se estende entre as províncias de Potenza e Matera, de Senise a San Giorgio Lucano, e de Sant’Arcangelo a Montalbano Jonico.
O cultivo é feito entre fevereiro e março. A colheita é feita em agosto e à mão. O processo para chegar ao “peperoni cruschi” tem algumas etapas. Primeiro eles passam três dias num local escuro. Depois usam uma agulha e linha para “costurar” todos eles e pendurá-los nas varandas ou salas para secar.
É muito comum ver esses colares em alguns pontos da Basilicata.
Apesar da aparência vermelha e seca, o “peperone cruschi” não é ardido. Pelo contrário, ele é adocicado e rico em vitamina C.
Resolvi experimentar e preparei um prato com carne de porco, cortando e fritando os pimentões em um pouco de azeite. Ficou uma delícia!