No coração do Mato Grosso, em Canarana, indígenas de duas etnias lideram uma revolução sustentável com o uso de tecnologias avançadas e práticas agrícolas regenerativas. O projeto Semêa, que une inovação e preservação ambiental, tem como objetivo promover a agricultura de baixo carbono, além de preservar o solo, as florestas e os recursos hídricos da região. Com o apoio da Fundação Bunge, além do treinamento dos indígenas com o drone, 29 famílias de agricultores assentados e 13 pequenos produtores rurais, recebem instruções para implementar práticas como o sistema Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) e a polinização das lavouras com abelhas. O foco é recuperar áreas degradadas e promover a preservação ambiental de forma eficiente e lucrativa.“Estamos reflorestando 27,5 hectares de áreas de pastagem, recuperando quatro nascentes e ajudando no desenvolvimento de um projeto de processamento e distribuição de mel, uma nova fonte de renda para essas comunidades”, disse Cláudia Buzzette Calais, diretora-executiva da Fundação Bunge. Além das práticas regenerativas, a tecnologia desempenha um papel fundamental na prevenção de incêndios florestais, um problema recorrente na região de Canarana, no Mato Grosso. O município sofre com incêndios de causas naturais, e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) aponta Canarana como o 15º local do estado com maior número de ocorrências desse tipo neste ano.Para ajudar na prevenção e gestão desses incêndios, as comunidades Xavante e Boe Bororo aprendem a usar drones e tablets. Com isso, as brigadas indígenas terão a capacidade de monitorar áreas de risco e agir de maneira mais eficiente. Três drones e três tablets já foram entregues a três brigadas, beneficiando 6.235 pessoas e cobrindo uma vasta área de 635.714 hectares.O investimento total do projeto é significativo: a Fundação Bunge já destinou R$ 1,6 milhão para a fase inicial, com mais R$ 3 milhões previstos para a expansão até 2025. O projeto é realizado em parceria com a Agrícola Alvorada, a Empresa Mato-Grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), a Prefeitura de Canarana, o Instituto Federal de Mato Grosso e a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).Se você quiser conhecer um pouco mais desse projeto bacana é só me seguir no @mundoagro_por_fabigennarini. Separei um vídeo legal que a fundação fez e encaminhou para o Mundo Agro.