Até outro dia, mamona pra mim era uma planta que dava uma bolhinha, e que costumávamos usar na infância para jogar contra os primos. Meu avô materno, João Caramigo, costumava pegar folhas de mamona e passar no para-brisa dos seus carros para tirar a gordura do vidro. E eu acho que funcionava...Até que recentemente uma colega da TV me perguntou onde poderia encontrar mamona para uma reportagem. “Me ajuda, onde eu encontro isso em São Paulo?” Imediatamente, veio à minha mente a lembrança de mim, meus primos, meu avô Du — como eu o chamava — e as mamonas do parque que ficava no bairro da Vila Jaguara, zona oeste de São Paulo.Pois bem, não é que a mamona apareceu novamente em meu caminho? Percorrendo as estradas de terra do interior de São Paulo, encontrei essas belezuras aí.É claro que eu parei e tirei foto. Aliás, meu fotógrafo tem sido meu filho, Rafael. “Mãe, você vai tirar foto de novo para o blog?”...Voltei para a fazenda, iniciei uma pesquisa sobre a mamona e descobri maravilhas sobre ela.Você sabia que a Bahia é o maior produtor de mamona do Brasil? E que deve haver uma expansão na produção do grão na safra 2024/2025?Esse mundão do agro me surpreende cada vez mais. Segundo o último levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a área cultivada deve aumentar de 58 mil hectares para 63,5 mil hectares, representando um crescimento de 9,5%. A produtividade também deve subir de 1.500 quilos por hectare para 1.710 quilos por hectare, um aumento de 14%. Isso significa que a produção total está projetada para alcançar 108,6 mil toneladas, um crescimento de 25% em relação à safra anterior.A produção de mamona na Bahia está concentrada principalmente na região de Irecê, no centro-norte do estado. Os grãos são destinados principalmente à indústria de extração de óleo, enquanto as cascas e a torta da mamona são utilizadas como matéria orgânica para o solo.E você, já viu uma mamona? Sabia disso tudo?Me segue no @mundoagro_por_fabigennarini