A FIA Business School realiza, até o dia 31 de maio, um levantamento sobre a qualidade do clima organizacional nas empresas brasileiras. A pesquisa “Lugares Incríveis Para Trabalhar 2025”, gratuita e auditada, utiliza a metodologia exclusiva FEEx FIA Employee Experience.lugaresincriveis.fia.com.br/inscricaoA metodologia FEEx foi criada na década de 1980, na FEA-USP, pelos professores doutores André Fischer e Joel Dutra, ambos coordenadores do Programa de Estudos em Gestão de Pessoas (Progep) da FIA Business School. Ela é baseada em referenciais teóricos sólidos e validados academicamente. Anualmente, as informações coletadas promovem melhorias no processo da pesquisa, garantindo a produção de dados de alta qualidade.O estudo é uma iniciativa da FIA Business School e não apenas avalia a qualidade do clima organizacional nas empresas brasileiras, mas também destaca aquelas com os mais altos níveis de satisfação entre seus colaboradores e com as melhores práticas de gestão de pessoas.Os funcionários das empresas participantes respondem à pesquisa de clima organizacional de forma totalmente online, gratuita e auditada. As empresas que atendem aos requisitos mínimos do levantamento recebem um certificado de clima organizacional, uma devolutiva de dados gratuita e têm a oportunidade de obter uma análise detalhada de seus processos internos. Isso inclui um diagnóstico completo com dados sobre a experiência dos colaboradores, práticas de gestão, feedback de especialistas da FIA Business School e orientações sobre as principais tendências do mercado.Em 2024, a Aperam BioEnergia liderou o ranking das empresas mais incríveis para trabalhar no agronegócio, seguida pela Bunge e pela Louis Dreyfus Company Brasil. Também se destacaram no setor: Terranuts Agroindustrial, Cooxupé, São Martinho, CerradinhoBio, Sementes Jotabasso, Usina São Manoel e Sementes Produtiva.Até o momento, a FIA já reconheceu mais de 2,5 mil organizações.O Mundo Agro conversou com Lina Nakata, professora e pesquisadora da FIA Business School.Mundo Agro: Como surgiu e como funciona a Pesquisa Lugares Incríveis para Trabalhar em 2025? Qual é o objetivo da FIA em inovar com uma pesquisa como essa? Lina Nakata: A Pesquisa Lugares Incríveis para Trabalhar foi criada pela FIA Business School com o objetivo de destacar empresas brasileiras que promovem um ambiente de trabalho saudável, ético e engajador. Em 2025, a proposta se mantém gratuita e auditada, com aplicação digital e confidencial. A FIA inova ao oferecer, além do reconhecimento, um diagnóstico completo baseado em dados reais, que ajuda as empresas a desenvolverem estratégias mais eficazes em gestão de pessoas. O levantamento também permite que organizações de diferentes portes e setores se comparem por meio de um índice padronizado: o FEEx – FIA Employee Experience.Mundo Agro: Qual é a diferença entre a metodologia FEEx e a FIA Employee Experience? Lina Nakata: Na prática, não há diferença: FEEx é a sigla de FIA Employee Experience, metodologia exclusiva criada pelos professores André Fischer e Joel Dutra, na FEA-USP, e aplicada pela FIA Business School. Essa abordagem avalia a experiência do colaborador a partir de quatro pilares internos: a liderança (CEO), a gestão de pessoas, os líderes diretos e os próprios funcionários. Diferente de outros levantamentos, o FEEx tem base científica, é validado academicamente e proporciona uma análise aprofundada das práticas de gestão.Mundo Agro: Qual é a expectativa de perfis para este ano? Lina Nakata: A expectativa para 2025 é ampliar ainda mais a diversidade de perfis participantes, com empresas de diferentes portes, segmentos e regiões do Brasil. Espera-se um crescimento na adesão de organizações do agronegócio, tecnologia, saúde e setor público – setores que vêm demonstrando forte mobilização para melhorar o ambiente organizacional e buscar reconhecimento público por suas boas práticas.Mundo Agro: Em 2024, quantas empresas participaram e quais setores/companhias se destacaram? Lina Nakata: Em 2024, a Pesquisa Lugares Incríveis para Trabalhar contou com a inscrição de 422 empresas, reunindo cerca de 224 mil respondentes. Destas, 150 organizações foram reconhecidas. Os setores que mais se destacaram foram tecnologia, saúde, financeiro e agronegócio. No agro, a Aperam BioEnergia conquistou o primeiro lugar, seguida por Bunge e Louis Dreyfus Company Brasil. Também figuraram entre os destaques: Cooxupé, Terranuts Agroindustrial, CerradinhoBio, São Martinho, Sementes Jotabasso, Sementes Produtiva e Usina São Manoel.Mundo Agro: A BioEnergia, Bunge e Louis Dreyfus Company Brasil aparecem no ranking do segmento agronegócio. O que elas oferecem de diferente das empresas de outros setores?Lina Nakata: Essas empresas se destacam por aliar excelência operacional a um forte investimento em pessoas. A Aperam BioEnergia, por exemplo, foi reconhecida por suas práticas de inclusão e diversidade mesmo em uma região de menor acesso a recursos. Bunge e Louis Dreyfus Company Brasil contam com programas consistentes de desenvolvimento de lideranças, saúde mental e bem-estar. Essas práticas mostram que o agronegócio pode ser referência em gestão de pessoas, muitas vezes com mais agilidade do que setores urbanos mais consolidados.Mundo Agro: Desde quando as empresas do setor agropecuário passaram a fazer parte do ranking? É possível estimar o crescimento de sua presença? Se sim, qual foi esse crescimento? Qual é a projeção para 2025 e para os próximos anos?Lina Nakata: Empresas do setor agropecuário participam da pesquisa desde suas primeiras edições, mas a presença do segmento se fortaleceu a partir de 2020. De lá para cá, a participação mais que dobrou. Em 2024, mais de 10 empresas do agro foram reconhecidas no ranking. A projeção para 2025 é de crescimento contínuo, impulsionado pelo avanço de práticas ESG, digitalização no campo e estratégias de employer branding voltadas à retenção de talentos no interior do país.Mundo Agro: Na opinião de vocês, é a empresa que contribui para transformar um funcionário em alguém melhor, ou os dois se complementam? Esse feedback do ranking impulsiona mudanças nas companhias? O que acontece depois que vocês certificam as empresas?Lina Nakata: A transformação é mútua. O ambiente influencia diretamente o comportamento e o engajamento do colaborador, mas a dedicação dos funcionários também fortalece a cultura da empresa. O feedback da pesquisa — composto por dados, análises e insights técnicos — é usado pelas empresas para revisar suas políticas internas e melhorar a escuta ativa. Após a certificação, muitas organizações utilizam o reconhecimento como ferramenta estratégica de valorização da marca empregadora, atração de talentos e desenvolvimento organizacional.Mundo Agro: Hoje, é fundamental saber ouvir, independentemente do lado em que se está. O que uma empresa deve ter para ser considerada um dos Lugares Incríveis para Trabalhar?Lina Nakata: Escuta ativa é essencial — mas não é tudo. Uma empresa incrível valoriza a transparência, o respeito, a diversidade e o bem-estar dos seus colaboradores. Investe em desenvolvimento contínuo, oferece lideranças acessíveis e possui uma área de gestão de pessoas alinhada à cultura organizacional. O reconhecimento só vem quando os próprios colaboradores expressam, com segurança, que se sentem parte de um ambiente justo, inspirador e colaborativo. É esse cenário que a metodologia FEEx busca captar.Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. 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