Polícia Federal não indiciou tenente-coronel preso por participar de suposto plano para assassinar Lula, Alckmin e Moraes. Saiba o motivo
Até agora, polícia indiciou 37 pessoas por suposto envolvimento em um plano golpista. Outros nomes devem ser adicionados à lista
As investigações do inquérito entregue ao STF (Supremo Tribunal Federal) nesta quinta-feira (21) pela PF (Polícia Federal) duraram quase dois anos. Dezenas de suspeitos foram ouvidos, 37 indiciados, entre o ex-presidente da República, 25 militares com alta patente e políticos graúdos, mas a fase policial ainda não acabou.
Dois dias antes da entrega do relatório policial, a PF realizou a operação contragolpe. Nela foram presos quatro militares e um policial Federal, suspeitos de planejar a morte do presidente e vice-presidente eleitos, Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin, além do ministro Alexandre de Moraes, do STF.
No inquérito entregue ontem, no entanto, um dos militares presos no dia 19 não foi indiciado. É o tenente-coronel do Exército Rodrigo Bezerra de Azevedo. Preso no aeroporto do Rio de Janeiro chegando para trabalhar no G20, o militar não teve o nome esquecido na lista oficial divulgada de pessoas indiciadas. Ele deve ser interrogado na próxima semana e, segundo fontes, deve ter o nome adicionado à lista de indiciados.
O interrogatório de Azevedo acontecerá só agora porque, segundo fontes na PF, novas provas levaram à descoberta do plano quando o inquérito estava chegando ao fim e o tenente-coronel não havia sido ouvido ainda.” A lei manda dar três dias de prazo, pelo menos, entre a intimação e o interrogatório” afirma a fonte.
Além do nome de Azevedo, a polícia segue tentando descobrir quem são os outros participantes do grupo em um aplicativo de mensagens, nomeado de “Copa 2022″, montado para discutir os passos do suposto planejamento dos assassinatos do presidente e vice eleitos e do ministro Moraes. Para isso, a investigação também analisa o material apreendido nas buscas do dia 19.
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