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O que é que eu faço Sophia

Felicidade no amor e no dinheiro? Veja 7 dicas de finanças para casais

Quando começar a conversar sobre dinheiro? O que fazer se faltar afinidade financeira? Confira as dicas para este Dia dos Namorados

O que é que eu faço Sophia|Sophia Camargo, do R7 e Sophia Camargo


Quando começar a falar de dinheiro com seu amor? Logo no início, quando ainda estão se conhecendo, ou mais pra frente, à medida que o relacionamento avança?

Há quem não queira falar nunca sobre o tema, porque acha que esse é um assunto que traz estresse. Mas este é um grande erro que pode até mesmo estragar namoros e casamentos, afirmam as especialistas ouvidas para essa reportagem: a consultora de investimentos Giane Coelho e a educadora financeira Shírley Freitas.

Ambas concordam que as dificuldades financeiras são um dos fatores que mais levam à separação de um casal, e que a falta de conversa sobre dinheiro pode até mesmo deixar o par em maus lençóis — como quando um se endivida sem que o outro saiba, colocando em risco o patrimônio de ambos.

Confira 7 dicas de como transformar as finanças em mais uma aliada do seu amor:


1) Quando começar a falar sobre dinheiro?

As especialistas acreditam que o momento certo é quando os dois têm interesses em comum de construir um relacionamento mais sólido, seja um namoro firme, uma união estável ou um casamento. Mas mesmo enquanto ainda estão se conhecendo é importante observar o comportamento financeiro do par, para já ir verificando se há afinidade na maneira de lidar com a questão.


2) Como começar um planejamento a dois?

O primeiro passo é estabelecer as metas de curto, médio e longo prazo do casal. Esse planejamento também deve ser feito em conjunto. “É comum que o casal só tenha um objetivo de longo prazo, que é a compra da casa própria, e nesse meio tempo acaba se esquecendo de curtir as pequenas conquistas", diz Shírley.


Ela diz que é importante criar um planejamento de sonhos de curto e médio prazo também. Uma sugestão é colocar como sonhos de curto prazos viagens curtinhas de fim de semana, ou até mesmo passar um fim de semana em um hotel na própria cidade.

“Um casal que atendi decidiu ter como sonho de curto prazo passarar um fim de semana num hotel para comemorar o aniversário dele, dela, o aniversário deles e o Dia dos Namorados. Só aí já tinham quatro momentos dentro do ano para curtirem a presença um do outro de uma forma diferente. Guardavam dinheiro para isso, se planejavam com antecedência e também juntavam dinheiro para o objetivo de longo prazo, que era comprar a casa própria”, conta a educadora.


Sonhos de curto prazo são aqueles realizados dentro de um ano; médio prazo – de 1 a 5 anos e longo prazo mais de cinco anos.


3) O que dar de presente? Quanto gastar?


Antes de sair se endividando para comprar presentes, é importante se conhecer, saber a expectativa do outro e também respeitar o padrão financeiro de cada um, sem fugir do orçamento.

Não dá para se endividar para comprar presentes para “impressionar”. É importante que o casal conheça e respeito o limite do orçamento de cada um. Também é importante saber em que “pé” está o relacionamento antes de querer fazer aquela surpresa...

Shírley conta o caso de uma moça que estava apenas “ficando” com um rapaz e em um Dia dos Namorados preparou uma surpresa super especial, colocou pétalas de rosas na cama, fez jantar à luz de velas, colocou um recadinho em cada um dos bombons de uma caixa...

O casal havia marcado o encontro para as 9 da noite, mas o rapaz chegou na casa dela à meia-noite. E para piorar, não demonstrou satisfação nenhuma com a surpresa. “Ela ficou tremendamente decepcionada, só que eles ainda não eram namorados, apenas tinham encontros esporádicos. É muito importante dosar bem o presente com o nível de relacionamento."

Pior ainda foi o que aconteceu com a professora M.B., de 50 anos, que resolveu emprestar o cartão de crédito para o namorado comprar um celular. O namoro acabou e ela ficou com a dívida e com o nome sujo.

4) Crie maneiras próprias e criativas de economizar a dois


Gostam muito de jantar fora? Que tal aprender a cozinhar juntos e assim economizar? Se o dinheiro está apertado para pagar uma academia, é possível fazer exercícios em casa, ou sair na rua para caminhar ou correr. “Um dos casais que atendi adorava comida japonesa e, após fazer o diagnóstico financeiro, perceberam que estavam gastando muito com esse tipo de comida. Então resolveram começar a cozinhar a dois em vez de pedir comida. Gostaram tanto da experiência que passaram a fazer a feira juntos no fim de semana e já deixavam a comida toda organizada para a semana”, conta Shírley.

E se faltar afinidade financeira?


O que fazer quando um é gastão e o outro poupador? É importante lembrar que o casal não teve a mesma criação (na maioria das vezes) e por isso são pessoas com modos bastante diversos de lidar com a mesma situação. Cada um já traz valores e costumes diferentes, então é preciso que haja bastante paciência e comunicação para se entenderem. Se não for possível, procurem ajuda externa.

"Os dois têm que se interessar pela evolução do patrimônio. Podem fazer isso juntos ou podem consultar alguém", diz Giane.

6) É melhor ter conta conjunta ou separada?


Não há um único caminho, o que é bom para um casal pode não ser para outro. Uma ideia possível é ter uma conta comum para despesas da casa dos dois e uma conta separada para cada um gerir gastos pessoais. “Mas esses gastos também precisam estar dentro do orçamento do casal ou da família”, explica Shírley Freitas.

Mas se o casal ainda não mora junto e não tem uma união estável, a sugestão de Giane é manter as contas separadas até mesmo para investir. “Dessa maneira, se houver um rompimento, fica fácil saber quanto cada um contribuiu. O maior problema de separações é que às vezes tudo fica no nome de um e o outro se sente lesado.”

7) Casal pode ter segredos nas finanças?


Muito ruim e muito perigoso ter segredos na vida financeira do casal, afirmam as especialistas. Elas contam alguns casos de como esses "segredos" prejudicaram muito a vida de um dos envolvidos.

Shírley conta que uma mulher descobriu só após ficar viúva que seu marido estava endividado até o pescoço, e ela teve que se desfazer de bens do casal para quitar dívidas que jamais desconfiou que o marido tivesse.

Giane Coelho diz que já viu também gente perder emprego por mau comportamento financeiro do cônjuge. Ou ser obrigado a pagar a dívida do cônjuge para manter o emprego. “No mercado financeiro temos de ter nosso nome limpo, nossa conduta é muito fiscalizada. Então ter um parceiro endividado pode colocar em risco até nossa carreira, é preciso cuidado”, diz.

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Se ainda tiver mais dúvidas sobre economia, dinheiro, direitos e tudo mais que mexe com o seu bolso, envie suas perguntas para “O que é que eu faço, Sophia?” pelo e-mail sophiacamargo@r7.com

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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