Juiz de São Paulo é alvo de operação por suspeita de venda de sentenças ao PCC
*Errata: esse texto foi publicado inicialmente às 15h38 de terça-feira (13), mas sofreu alterações e correções. A última modificação ocorreu às 19h09 de quinta-feira (15). Essas mudanças foram feitas após apuração do blog junto às assessorias de comunicação da Apamagis (Associação Paulista de Magistrados) e do Tribunal de Justiça de São Paulo, que destacaram que, embora os mandados tenham sido cumpridos em Jundiaí e Sumaré, não havia qualquer envolvimento de magistrados dessas cidades na ação. O caso diz respeito a um juiz que já estava afastado de suas funções e que, por acaso, tinha imóvel nessas localidades.
Um juiz foi alvo nesta terça-feira (13) de uma operação conjunta da Polícia Militar e do Ministério Público de São Paulo. A operação investiga a possível venda de sentenças judiciais ao PCC (Primeiro Comando da Capital), uma das maiores facções criminosas do país.
Os agentes cumpriram dois mandados de busca e apreensão, nas cidades de Jundiaí e Sumaré. No entanto, os juízes destas duas cidades não têm nenhuma relação com a operação. Ela ocorreu na casa de um juiz que mora em Jundiaí, mas que não atua na comarca.
A operação resultou na apreensão de celulares, cinco computadores, tablets e anotações que podem ser fundamentais para as investigações. Em uma das residências, o suspeito tentou se desfazer de um dos celulares jogando-o no vaso sanitário, mas foi impedido pelos policiais. Na casa desse juiz, foram encontrados mais de R$ 1,6 milhão em espécie.
Em nota, o Tribunal de Justiça de São Paulo afirma que o magistrado já havia sido afastado de suas funções.
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