STF

R7 Planalto "Estamos perfeitamente alinhados", afirma Bolsonaro após crise

"Estamos perfeitamente alinhados", afirma Bolsonaro após crise

Presidente da República se encontrou com Luiz Fux, presidente do Supremo Tribunal Federal, nesta segunda-feira (12) em Brasília

  • R7 Planalto | Plínio Aguiar, do R7

Na imagem, presidente Jair Bolsonaro (sem partido)

Na imagem, presidente Jair Bolsonaro (sem partido)

Ueslei Marcelino/Reuters - 22.06.2021

Após encontro com o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Luiz Fux, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta segunda-feira (12) que os Poderes estão “perfeitamente alinhados” e que tem problema apenas com o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

“Até falei para ele, como hoje de manhã no cercadinho, que uma das minhas atividades da manhã é rezar o pai nosso, em que no final fala que é para perdoar as nossas ofensas e os ofendidos. Então foi basicamente essa a conversa. Estamos perfeitamente alinhados. Respeitosos para com a Constituição. E cada um se policiar dentro do seu poder no tocante aos limites. E nós, do Poder Executivo, não pretendemos sair desses limites”, afirmou Bolsonaro.

Na semana passada, o atual inquilino do Palácio do Planalto voltou a falar sobre fraude no processo eleitoral, ameaçou as eleições de 2022 e criticou Barroso. O presidente do TSE é contra o voto impresso, sistema que é defendido por Bolsonaro e é analisado atualmente por uma comissão na Câmara dos Deputados.

As declarações de Bolsonaro dos últimos dias geraram reações de outros Poderes. O presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou que não admitirá atentado a sua independência, e o TSE publicou uma nota lembrando que tentativa de impedir eleição configura crime de responsabilidade.

Para arrefecer os ânimos, Bolsonaro se reuniu com o presidente do STF nesta segunda, disse que respeita os limites constitucionais e que seu único problema é com Barroso. Na ocasião, o presidente defendeu novamente o voto impresso e relatou que o ministro Paulo Guedes, da Economia, afirmou que possui R$ 2 bilhões em caixa para comprar máquinas de impressão do voto para a eleição do ano que vem.

Bolsonaro comentou, ainda, o ofício, feito pelo TSE, para que apresente provas em relação as suas falas de que houve fraude na eleição de 2014, quando a petista Dilma Rousseff ganhou do tucano Aécio Neves. Na época, o mineiro contestou o resultado, mas depois reconheceu a vitória de sua adversária.

“O TSE fez um pedido para eu apresentar a provas, e assinei agora há pouco pedindo um prazo maior, até para essa pessoa né, que tem coragem agora, saber dos riscos, e apresentar essas provas, que ele me apresentou há seis meses. Especialista. Mas vai vir a resposta”, disse Bolsonaro.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

Últimas