Daniel Craig, o James Bond do cinema, faz declaração polêmica sobre fama: “Te mata”
Em entrevista, ele analisou as consequências de ser uma celebridade e teceu críticas importantes para os dias atuais
Em recente entrevista ao jornal New York Times, Daniel Craig, hoje com 56 anos, fez uma revelação sobre o mundo da fama. Ele declarou que, apesar de ser reconhecido mundialmente, se sente bastante incomodado.
“Ser uma celebridade te mata. De verdade, é uma coisa terrível que pode acontecer. Você precisa lutar contra tudo que ela joga em sua direção, porque é muito fácil cair em tentações.”
A artista Chappell Roan, de 26 anos, pensa o mesmo que ele. Há poucos dias, a cantora chamou um fotógrafo de “desrespeitoso”, porque ele foi grosseiro e mandou ela “calar a boca”. A jovem também falou que muitos fãs têm um “comportamento predatório”.
Craig concordou com a colega e ainda acrescentou: “Eu sou uma marca? As pessoas precisam de redes sociais e eu não sei lidar com isso.”
O ator interpretou James Bond em cinco superproduções do cinema: 007 - Cassino Royale (2006), 007 - Quantum of Solace (2008), 007 - Operação Skyfall (2012), 007 Contra Spectre (2015) e 007 - Sem Tempo para Morrer (2021).
O lado real da fama
As redes sociais vendem a ideia de que ser famoso é a maior conquista. Assim, dinheiro, aplausos e reconhecimento são objetivos de muitos, sobretudo dos jovens.
Mas o que parece um sonho, por vezes, vira pesadelo, como comentou Daniel Craig. E ele não é o primeiro. Já perdi a conta de celebridades que revelaram que, por trás das câmeras e tapetes vermelhos, existe um vazio difícil de preencher.
Afinal, quando tudo que você faz vira notícia, quando cada escolha é questionada, a vida vai virando algo difícil de ser gerenciado.
A fama coloca as pessoas em uma vitrine, e todos se sentem no direito de apontar o dedo, julgar atitudes. A liberdade acaba, e traz um preço alto.
Quando pensamos em quem realmente são os cantores, os atores, os influenciadores, fora da persona que construíram, uma lacuna se abre. Isso porque a pressão de corresponder às expectativas do público e da indústria pode minar, pouco a pouco, não apenas a liberdade, mas também a autenticidade e o propósito pessoal.
Será que vale a pena pagar?
É claro que, muitas vezes, por um bom trabalho, o reconhecimento chega, e a fama acaba sendo inevitável. Mas, nesse caso, ela não é o objetivo final, e sim a consequência.
Agora, quando ela é o único alvo, é importante questionar: por que se busca tanto ser visto como uma “celebridade”? Será que foi projetado nesse brilho algo que falta?
Talvez a resposta esteja no vazio.
Eu não acredito que a paz não vem do sucesso nem dos likes. Tudo isso é efêmero, passageiro. Ser aplaudido incessantemente só infla o ego e, quando a vaia chega – porque ela também chega –, a queda é grande.
O brilho verdadeiro vem de dentro. E quem tem essa joia em seu coração não precisa correr atrás de tapas nas costas. É algo natural, independentemente de ter, ou não, alguém olhando. E, se a fama vier com isso, ela não vai destruir o que se construiu.
Por isso, é sempre tempo de pensar com o que e como se quer gastar os dias. Porque a vida passa, e passa rápido.
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