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Refletindo Sobre a Notícia

Morte de torcedora do Palmeiras revela a face obscura do fanatismo

A jovem Gabriela Anelli, de 23 anos, teve a vida interrompida após ser atingida por estilhaços de vidro de uma garrafa em confusão com torcedores

Refletindo Sobre a Notícia por Ana Carolina Cury|Ana Carolina Cury e Ana Carolina Cury

Jovem morre após ser ferida em confusão entre torcedores do Palmeiras e Flamengo
Jovem morre após ser ferida em confusão entre torcedores do Palmeiras e Flamengo

Mais que uma tragédia. Um crime sério que envolve todos nós. A morte da torcedora Gabriela Anelli, de 23 anos, durante uma briga entre torcedores flamenguistas e palmeirenses no sábado (9), na parte externa do Allianz Parque, zona oeste de São Paulo, levanta uma séria discussão sobre o fanatismo e a violência no esporte.

Novos vídeos têm sido divulgados nas redes e mostram a jovem segundos após ser atingida por uma garrafa de vidro. Em outras imagens, é possível ver Gabriela tentando ultrapassar uma área reservada aos torcedores do time visitante.

Ela fazia parte da torcida organizada do Palmeiras Mancha Verde, e o assassino, Leonardo Felipe Xavier Santiago, de 26 anos, preso em flagrante, foi filiado à torcida Flamanguaça até 2020; atualmente, não fazia parte de nenhuma outra organizada. 

Um assassinato que precisa ser encarado pelas autoridades com seriedade e rigidez para que novos crimes do tipo não aconteçam, uma vez que a morte de torcedores em discussões por conta do time pelo qual torcem é extremamente comum, infelizmente. 


Torcida ou fanatismo violento?

Não faz muito tempo que torcedores do Corinthians agrediram o jogador Luan em um motel na Barra Funda, na zona oeste de São Paulo. O grupo, composto de membros da Gaviões da Fiel, torcida organizada do clube, invadiu o local para atacar o atleta. Não foi um caso isolado, visto que a cada derrota do time mais ameaças surgem contra profissionais.


É fato que o brasileiro é criado para ter paixão por um clube. E essa emoção pode ser traiçoeira quando não há autocontrole. Afinal, quem idolatra algo ou alguém é capaz, até mesmo, de tirar a própria vida pelo que adora. 

O fanático não raciocina, é guiado pelo que sente. E é aí que mora o perigo. Por agir sem pensar, machuca o próximo e depois normalmente se arrepende do que fez. Só que pode ser tarde demais.


Pouco-caso?

Então, a pergunta que faço em mais um texto deste blog é: até quando vamos aceitar conviver com violência no futebol, dentro e fora dos campos? Não são casos isolados, são crimes que acontecem com frequência. Não precisa ser envolvido nas torcidas para saber que brigas e crimes são objetos de lazer para muitos torcedores, em todo o país.

Violência no futebol precisa ser mais bem
combatida pelas autoridades
Violência no futebol precisa ser mais bem combatida pelas autoridades

Infelizmente, não dá para contar apenas com o bom senso e com o bom exemplo dos clubes e técnicos. É preciso ter leis severas que punam com rigidez toda essa agressividade, que não apenas põe em risco a segurança dos envolvidos como também mancha a beleza do esporte.

Ações violentas nas arquibancadas — e fora delas — desencorajam famílias e tiram o brilho do que realmente significa torcer por um time. Por isso, para promover um ambiente seguro e saudável nos estádios, é preciso bem mais do que palavras bonitas. É fundamental que governo, clubes, torcedores de verdade, autoridades e instituições esportivas se unam para combater a cultura da violência e ensinar às pessoas o que é futebol de verdade.

A agressividade não pode ter lugar no esporte.

Casos de violência e agressão marcaram o mundo esportivo na última semana

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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