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Endrick mostrou contra o México. Depois de duas décadas, desde Ronaldo Fenômeno, o Brasil tem um artilheiro, digno da camisa 9

O menino de 17 anos, que já havia marcado contra a Inglaterra e Espanha, faz o gol da vitória do Brasil, ontem, no amistoso contra o México, por 3 a 2. E impressiona, de novo, a mídia mundial

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Endrick. Entrou e decidiu o jogo contra o México. Dorival tenta disfarçar, mas sabe: tem seu camisa 9

“Pô, cara, o pessoal fala que eu sou muito pequeno para ser um camisa 9, mas não é questão de ser pequeno, é o posicionamento. E Deus me colocou naquele lugar. Só tenho que agradecer a Deus porque Ele é dono de toda honra e toda a glória.”

“(O gol) é um fator importante, que vai passando confiança para o atleta. Temos que ter calma e paciência, sem comparação nenhuma com um nome ou outro. O Endrick tem que se fazer por ele próprio. Ele tem que buscar o seu espaço e é isso que vem acontecendo com calma.”

A primeira declaração é de Endrick, jogador que decidiu a partida amistosa, disputada entre Brasil e México, em Dallas. A vitória, suada, depois de uma atuação irregular, veio à uma cabeçada certeira do atacante do Real Madrid, depois de ótimo cruzamento de Vinicius Júnior. 3 a 2, aos 50 minutos do segundo tempo.

O jogador de 17 anos e que foi comprado pelo time espanhol em uma transação que chegou a R$ 400 milhões, está tendo início fulminante na Seleção Brasileira principal.


Ele participou de cinco partidas. Todas saindo do banco de reservas. Deu sete arremates a gol. A estatística mostra um gol a cada 51 minutos.

Lembrando os gols que marcou contra a Inglaterra, em Wembley, contra a Espanha, no Santiago Bernabéu e hoje, no Kyle Field.


E ele ainda ganhou ontem o troféu como melhor em campo.

Foi muito direto ao ser perguntado se era ‘o cara’ da Seleção de Dorival Júnior.


“Não, não. Eu agradeço muito a Deus. Não sou só eu que jogo nesse time. Esse troféu não é só meu, eu não venci sozinho. Foi graças a equipe, um excelente trabalho do Dorival. Treinamos bem e espero que nós possamos trabalhar cada vez mais porque o objetivo é a Copa América, vamos ver o que vai acontecer.

“Espero que possamos ganhar essa Copa América com a torcida de todos os brasileiros. E agradeço muito a Deus por mais uma oportunidade de marcar pela Seleção.”

Endrick entrou aos 15 minutos do complicado amistoso diante dos mexicanos.

Dorival só colocou, no início do jogo, três titulares.

Deixou de fora, por exemplo, Vinicius Junior e Rodrigo.

O ex-atacante do Palmeiras ainda não é titular, embora merecesse.

Nos treinamentos e nos jogos do Brasil, a sensação até dos companheiros de time é que Endrick é diferenciado. Tem enorme talento, força física impressionante, excelente colocação e muita estrela.

Além de um fator fundamental.

Ele adora treinar, até a mais do que os demais.

Dorival Junior, como acontecia com Abel Ferreira, tem de pedir para Endrick parar de treinar, para evitar contusões.

O Brasil começou da maneira que Dorival quer a Seleção na Copa América.

Marcando muito forte a saída de bola adversária.

Em quatro minutos, Martinelli perdeu um gol e Andreas Pereira marcou um a zero para o Brasil, em excelente jogada individual, driblando de corpo dois adversários, antes de estufar as redes de Júlio González.

Depois que o susto passou, o México equilibrou a partida, quando Jaime Lozano adiantou seu time e passou a buscar triangulações pelas laterais, pontos fraquíssimos da Seleção, com Yan Couto e Arana, que marcaram muito mal.

O Brasil chegou a fazer 2 a 0, aos oito minutos do segundo tempo.

Militão deu excelente lançamento para Yan Couto descobrir Martinelli livre na área mexicana.

A partida parecia ganha quando Dorival aumentou o potencial ofensivo, colocando Endrick, Vinicius Júnior e Endrick.

Mas a zaga brasileira falhou duas vezes. Pagou caro, quando Vega descobriu Quinõnes sem marcação. 2 a 1, aos 27 minutos. O jogo ficou tenso, com o México partindo para cima, buscando o empate. A Seleção marcava mal no meio campo.

E o empate veio, aos 47 minutos, Martínez cabeceou e ainda pegou o rebote para o 2 a 2.

A partida parecia que terminaria empatada, mas Endrick acertou o giro de uma cabeçada fulminante, aos 50 minutos.

Brasil 3 a 2.

Desde Ronaldo, o Brasil não tem um artilheiro que mereça credibilidade

Depois de Endrick ser celebrado pela imprensa mundial, Dorival fez o discurso óbvio.

“Vamos ter muito cuidado com esse garoto. Está acontecendo muita coisa em sua vida em tão pouco tempo. Ele mantém a essência. Vi o início no Palmeiras e é uma coisa importante, que chama a atenção e engrandece o que ele está realizando em tão pouco tempo de carreira.”

Mas nos bastidores o que se sabe é da empolgação enorme do treinador e da CBF com o talento de Endrick.

“É uma Seleção jovem. Porém, temos que imaginar que é daqui a dois anos ainda para atingirmos um melhor momento e conseguir uma melhor condição nas eliminatórias para a Copa do Mundo. Acredito que aos poucos essa equipe vai amadurecendo, criando corpo e dando oportunidade para jovens. Queremos lealdade na disputa por posição. Por isso, falei que é um somatório de duas partidas e dos treinamentos para decidirmos o que fazer na Copa América. A disputa está em aberto.”

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O menino quer fazer o máximo nesta Copa América.

Se possível, com o título, e melhor jogador da competição.

Ele sabe quem o aguarda no Real Madrid, brigando pela mesma camisa 9.

Mbappé.

A da Seleção, Endrick já conseguiu.

Depois de 22 anos do auge de Ronaldo Fenômeno, o Brasil tem ‘um’ 9 para chamar de seu.

Que mereça confiança, credibilidade.

Seu nome é Endrick...








Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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