Matador é uma celebração do nosso tempo
O projeto que envolve revista e vinho é um testemunho vivo de arte e cultura
Antes de qualquer coisa, FELIZ ANO NOVO 🍷!
Você já ouviu falar da revista espanhola de arte e cultura “MATADOR” 🇪🇸?
Ela nasceu em 1995, fundada por Alberto Anaut e através da editora de Madrid, La Fábrica. Os autores são fotógrafos, escritores, artistas e talentos de destaque com obsessão pela qualidade dos textos e a força das imagens. É um produto único e foi criado para durar o tempo de uma geração: 28 anos.
As edições anuais são numeradas alfabeticamente de A à Z e o último volume foi publicado em 2023. O mais legal é que a ideia do projeto não termina nas páginas da revista. Com mais de 4.300 assinantes, cada exemplar de Matador é numerado e entregue em mãos a cada um de seus sócios, juntamente com o Caderno do Artista e um vinho especialmente selecionado pelo prestigiado enólogo Telmo Rodríguez entre as vinícolas mais importantes da Espanha. Eles também inauguraram um clube em Madrid, em 2013, com o mesmo espírito de reunir pessoas sob os pilares da cultura contemporânea e das ideias.
A Bodega Matador nasceu em 1996 com um ideal: a cada ano, produziriam um vinho super exclusivo juntando vinícola e protagonista diferentes. O primeiro homenageado foi o escultor Eduardo Chillida e o produtor foi Carlos Falcó da propriedade Marques de Griñón. De lá pra cá talentos viticultores se encontram com personagens de renome para dar vida a um rótulo inédito, como cada publicação. A cada “safra”, são feitas apenas 3 mil garrafas que desaparecem rapidamente. Se vocês, leitora e leitor, conseguirem um exemplar de qualquer uma destas garrafas, vale guardar como um tesouro de coleção.
Telmo Rodríguez foi convidado para ficar no projeto após ter criado um vinho com rótulo do pintor e artista gráfico Eduardo Arroyo, em 1998. Se tornou o líder curador da Bodega até hoje e convocou ícones: em 1999, Alvaro Palacios, monstro do Priorato; em 2000 fizeram um Jerez com a família Hidalgo para a edição MATADOR “E”; depois foi a vez do dinamarquês Peter Sisseck do lendário Pingus; Dirk Niepoort ganhou o “G”; a edição “J” de 2004 ficou com Benjamin Romeo, gênio de Rioja; o volume “M” de 2007 foi da lenda Mariano Garcia, ex-Vega Sicilia e criador de Aalto; em 2016, Bruno Prats; e em 2018, o Parreno 2001, seleção da López de Heredia destinada ao Tondonia Gran Reserva.
Eu conheci este Contra Rótulo quando tive a chance de provar um exemplar raríssimo do sensacional tinto elaborado pela Clos d’Agon, uma das principais vinícolas da Catalunha, que brindou o mito gastronômico Ferran Adrià, um dos melhores chefs de cozinha da história, e circulou junto com a edição “Ñ” em 2012. Seu rótulo foi desenhado pelo artista alemão Carsten Höller. Estava demais!
MATADOR é a prova de que os projetos, se tiverem qualidade, não estão sujeitos a limites 🤩!
🌟CURIOSIDADE 1🌟: ao longo destes anos, inúmeras figuras muito representativas participaram da publicação tal qual uma amostra viva e itinerante: Henri Cartier-Bresson, Martin Scorsese, Oliver Stone, Peter Gabriel, Sebastião Salgado e Yves Saint-Laurent entre outros 👏🏻👏🏻.
🌟CURIOSIDADE 2🌟: em 2024, começaram um novo projeto chamado YO, MATADOR. Desde o ano passado e a cada ano, eles vão colaborar com uma grande figura da cultura internacional para criar uma edição única e inimitável. A 1ª dessa nova jornada foi com o incrível cineasta Alejandro González Iñárritu. E cada nova edição será um item de colecionador, uma viagem ao universo criativo de um grande artista.
Para saber mais acompanhe o perfil @contra_rotulo no Instagram e no Threads.
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