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Trilha do Agro

Falta de chuva e calor intenso vão deixar feijão até 30% mais caro nos próximos meses

Clima atrasa o plantio do feijão no país. Preços sobem a partir de outubro e só cedem em abril, com oferta maior

Trilha do Agro|Valter Puga JrOpens in new window

Tempo ruim vai provocar aumento do preço do feijão Reprodução/RECORD

O calor e o tempo seco tendem a elevar até 30% os preços do feijão, estimou esta semana o Ibrafe, o Instituto Brasileiro de Feijão e Pulses.

“Nós ainda não estamos sentindo o impacto do clima ruim nos preços porque há feijão no mercado, mas nos supermercados e demais varejistas os preços devem mudar radicalmente já no final de outubro e durante novembro”, disse Marcelo Luders, presidente do Ibrafe.

Os preços sobem timidamente esta semana porque o fim da terceira safra despejou no mercado 812,5 mil toneladas de feijão, e por ora não há falta de produto. Mas há problemas a vista.

No Paraná, maior produtor do país, por exemplo, há atraso no plantio por causa da seca.


O Departamento de Economia Rural, o Deral, da Secretaria de Agricultura do Paraná, estimava aumento de 22% na área plantada este ano (131 mil hectares até dezembro), mas atualmente só 3% da área está efetivamente plantada – nessa mesma época no ano passado 10% da área prevista estava ocupada com feijão.

É que o calor e a falta de umidade prejudicam os trabalhos no campo e “mesmo a umidade que por ventura tenha em uma palhada, por exemplo, o calor faz evaporar”, explica Luders.


Os preços do feijão aumentam. Esta semana, no Paraná, o Deral apurou que a saca com 60 quilos do feijão carioquinha era negociada na quarta-feira (11) a R$ 198,98 em média, ou R$ 2,00 acima do dia anterior. Já a saca do feijão preto era, em média, negociada a R$ 309,93, cerca de R$ 1,00 acima dos preços praticados na terça-feira (10).

Corretores da Bolsa Brasileira de Mercadorias, a BBM, informam que na região oeste da Bahia, o feijão carioca extra já subiu 6,58% este mês, cotado a R$ 202,50 a saca de 60 quilos, enquanto em Paracatú e Unai, em Minas Gerais, a saca de feijão era cotada a R$ 232,50, após recuar mais de 15% no mês.


Preços só caem em abril

A oferta de feijão crescerá no final do ano. Enquanto a colheita não mostrar um volume maior, haverá preços em alta no mercado de feijão. “Talvez um pequeno alívio em janeiro... Melhor mesmo só em abril ou maio”, diz Luders.

Ele defende que, com dificuldade de importação para atender a demanda do consumidor brasileiro, e “para evitar que nós próximos anos tenhamos situação semelhante, precisamos urgentemente aumentar a área irrigada com feijão”.

Colaborou Lucas Limão.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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