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Filha de Viih Tube já tem R$ 1 mi guardado; como investir para as crianças?

Educadores financeiros orientam a planejar o futuro dos pequenos e a falar sobre dinheiro com eles desde cedo

Renda Extra|Do R7


Viih Tube e a filha, Lua, que já tem R$ 1 milhão
Viih Tube e a filha, Lua, que já tem R$ 1 milhão

A influenciadora Viih Tube surpreendeu a internet ao anunciar que a filha, Lua, de 6 meses, já tem R$ 1 milhão guardado por causa de suas participações em campanhas publicitárias. Além disso, a influenciadora disse se preocupar com a educação financeira da filha.

Mas como planejar o futuro das crianças desde cedo ou falar sobre dinheiro com elas?

"Para ensinar os filhos a poupar, o mais indicado é criar uma mesada", afirma Larissa Frias, planejadora financeira do C6 Bank. Ela também diz que os pais podem poupar e reservar na sua conta um valor que será destinado aos filhos. Nesse caso, a dúvida que surge é de quanto poupar.

Como calcular o valor?

Larissa sugere fazer um cálculo simples: quanto eu quero que ele tenha no futuro, quando tiver 18 anos, por exemplo. A ideia é poupar para a faculdade, para um intercâmbio, para comprar um carro?

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"É importante estabelecer os valores e os prazos. A partir daí, calculamos os aportes mensais e a rentabilidade esperada. Existem muitas possibilidades, mas todas elas partem do objetivo estabelecido e desse planejamento inicial. Quanto maior a antecedência, menos capital é preciso investir", explica.

Pensando no filho que acabou de nascer e num prazo mais longo, de 18 ou 20 anos, a previdência é uma boa opção, já que tem o benefício do diferimento fiscal, ou seja, você não paga imposto durante o acúmulo de recurso, apenas no usufruto. Segundo ela, a previdência também permite a portabilidade durante todo esse tempo, então é possível mudar a estratégia do investimento no meio do caminho.

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Outros investimentos

A educadora financeira também sugere outros investimentos que são interessantes do ponto de vista fiscal, como alguns títulos de renda fixa mais longos, que pagam rendas mensais, semestrais, trimestrais, títulos isentos de imposto de renda, como CRIs, CRAs, debêntures, que têm essa característica.

"Um título que também pode atender a esse objetivo é o Educa+, do Tesouro Direto. Ele tem prazos entre 5 e 20 anos de vencimento e pode propiciar uma renda mensal lá na frente. É um título interessante, em que também se consegue postergar o pagamento de imposto e programar uma renda para a criança ou o adolescente", orienta.

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Ela explica que o Educa+ acompanha a inflação. E títulos que acompanham o IPCA, como alguns CDBs, CRIs e CRAs, e fundos de previdência, também são indicados para quem quer poupar para os filhos. São investimentos mais abrangentes, que conseguem absorver mudanças de cenário e da própria inflação.

"Não existe um investimento perfeito. Tudo vai depender do perfil, do cenário, do prazo. Objetivos de curto prazo, investimentos de curto prazo. Objetivos de longo prazo, investimentos de longo prazo", conclui Larissa.

Como ensinar com a mesada?

Tudo começa com planejamento:

• Primeiro, os pais precisam ter uma ideia dos gastos da criança ou do adolescente (rotina de passeios, coisas menores que queiram adquirir, lanche…);

• A mesada deve ser estabelecida a partir dessa organização, para que ela possa ser cumprida e para que a criança aprenda de fato a se organizar e consiga se virar dentro daquele mês, sem o aporte de valores extras e sem faltar para os gastos combinados;

• Ao saber que tem um valor determinado para gastar no mês, a criança tem a chance de aprender sobre controle e consumo consciente. Ela vai fazer as contas de quanto gastar e quanto precisa poupar para comprar algo que deseja muito;

• Essa dinâmica é uma construção dos pais juntamente com as crianças. A disciplina importa mais do que o valor que se poupa. Mesmo que seja um pouquinho por mês, o importante é criar o hábito.

Pais dão exemplo

Para Diego Renan, educador e consultor financeiro, os pais devem dar o exemplo. "Primeira coisa é investir o seu dinheiro antes de investir o do seu filho. Quando o próprio pai investe, ele vê que não é um bicho de sete cabeças e começa a entender um pouco mais. Naturalmente, começa a ter mais tranquilidade em colocar o dinheiro dos filhos em um investimento também", afirma Renan.

Apesar de popular, ele adverte que a caderneta de poupança não é um bom lugar para deixar o dinheiro dos filhos atualmente. "Poupar é guardar dinheiro. Investir é multiplicar o dinheiro. Então a poupança hoje em dia não é um investimento. Inclusive, nos últimos três anos, ela perdeu para a inflação e veio a se recuperar no ano passado e neste ano, porque a taxa de juros está bem alta. O que eu recomendo para os pais é investir", analisa o consultor.

É importante optar pelos investimentos que permitam tirar a qualquer momento e que deem segurança. Ele sugere o Tesouro Direto. "O Tesouro Selic rende mais do que a poupança e tem a garantia do próprio Tesouro Nacional, além de alguns CDBs, que tem a liquidez diária [pode-se tirar o dinheiro a qualquer momento]."

"Só se deve prestar atenção em um ponto: este investimento precisa render mais de 100% do CDI. Isso pode ser feito em bancos digitais, em corretora e bancos físicos. É uma boa possibilidade para quem está migrando da poupança para começar a investir de verdade; porém, se esse pai vai investir, por exemplo, para a faculdade dos seus filhos ou para o intercâmbio, algo que seja um horizonte aí de mais de cinco anos, uma boa opção é o Tesouro IPCA Mais", acrescenta.

O Tesouro IPCA Mais é o título do Tesouro Direto, que prevê o IPCA, a inflação oficial, e mais uma taxa prefixada. "Esse pai acaba tendo um poder de ganho sobre a inflação, então a gente chama de ganho real de tantos por cento acima da inflação. Isso é ótimo para proteger o poder de compra do filho e ganhar sempre mais do que a inflação", orienta.

Para os pais que não têm conhecimento sobre investimentos, mas querem guardar um dinheiro para a faculdade dos filhos, a dica dele é o Tesouro Educa+. Ao aplicar todos os meses, é possível saber quanto vai gerar de renda no período que o filho completar 18 anos. 

Para os pais que já investem e querem continuar no longo prazo, além de todos os investimentos já mencionados, Renan recomenda a Bolsa de Valores.

"As ações ao longo do tempo tendem a crescer, valorizar e pagar dividendos. Inclusive com um retorno até melhor do que os outros títulos do Tesouro, CDBs ou renda fixa. Ações e fundos imobiliários de longo prazo para os filhos também são uma excelente opção", avalia Renan.

Mas ele ressalta que diversificar as aplicações financeiras é o mais importante. "A diversificação no mundo dos investimentos é o segredo do sucesso", conclui.

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