Pagar dívida ou investir? Saiba o que fazer com a restituição do IR 2023
A melhor decisão varia de pessoa para pessoa, dependendo da situação financeira de cada uma; entenda
Renda Extra|Do R7
A Receita Federal depositou nesta segunda-feira (31) a restituição do Imposto de Renda 2023 para mais de 5,6 milhões de contribuintes. O montante pago no terceiro lote soma R$ 7,5 bilhões e já leva em conta a correção monetária de 2,07%, referente à variação da taxa Selic.
Você está entre esses contribuintes, mas ainda não sabe o que fazer com a grana? Será que é melhor gastar tudo, guardar tudo, investir ou pagar dívidas?
Para José Ornelas, professor do curso de ciências contábeis da Faculdade Anhanguera, a melhor opção quando o consumidor recebe recursos esporádicos sem dúvida é quitar dívidas.
Ele cita as seguintes razões para escolher essa opção.
Para quem tem dívidas
• Dificilmente um investimento vai render mais do que os juros que você paga em empréstimos ou financiamentos;
• Existe a possibilidade de conseguir descontos nos valores em aberto;
• Quitar dívidas antes de investir é a possibilidade de fazer um planejamento financeiro para poupar recursos e fazer investimentos com qualidade no futuro;
• Aproveitar as oportunidades atuais que os credores e o governo estão oferecendo para os consumidores — por exemplo, o programa Desenrola Brasil.
De acordo com o governo federal, as negociações de dívidas do programa Desenrola Brasil poderão ser realizadas diretamente com as instituições financeiras participantes. Para evitar fraudes, o consumidor deve buscar os canais oficiais indicados pelos agentes financeiros.
Para quem não tem dívidas
Para o contribuinte que não tiver dívidas e quiser fazer investimentos, as dicas do professor são as seguintes:
• Procurar um investimento sem a incidência do imposto de renda. Exemplos: LCI (Letras de Câmbios Imobiliários), LCA (Letras de Câmbios do Agronegócio). Essas aplicações possuem rendimentos pré-fixados e com alto grau de segurança;
• Procurar um investimento com rendimentos pré-fixados, ou seja, taxas já estabelecidas conforme o prazo das aplicações que vão garantir o ganho sobre o valor aplicado; por exemplo, Certificado de Depósito Bancário (CDB);
• Evitar investimentos com renda variável, pois os riscos em virtude da oscilação do mercado, por causa do momento político e econômico do país, afetam consideravelmente os investimentos; por exemplo, compra de ações.
"Fazer investimentos é uma boa estratégia para reservas de emergências, protege você e sua família em situações de urgência, de perder a fonte de renda, ou problema grave com saúde. Também serve para conseguir menores taxas para dívidas futuras. Investimentos são garantias que reduzem as taxas dos juros", conclui o professor.