Ação das Forças Armadas no Lins termina com 24 detidos
Entre levados para delegacia, ao menos três seriam menores apreendidos em cumprimento de mandados; Grajaú-Jacarepaguá foi liberada às 15h40
Rio de Janeiro|PH Rosa, do R7, com Agência Brasil

A ação das Forças Armadas no Complexo do Lins, zona norte do Rio de Janeiro, realizou 24 prisões nesta terça-feira (27). De acordo com o CML (Comando Militar do Leste), oito foram detidos em flagrante por tráfico e porte ilegal de arma e 16 por cumprindo de mandado de prisão. Além dos 3.400 militares, a ação contou com 150 agentes da PM e 350 policiais civis do Rio, totalizando 3.900 homens.
De acordo com o Comando, o objetivo da operação, que faz parte da intervenção federal, era fazer um cerco na região, estabilizar a área e desobstruir vias. Para isso, a ação contou com apoio de blindados, aeronaves e equipamentos de engenharia.
Enquanto os policiais civis cumpriam mandados de prisão, os policiais militares bloqueavam vias para evitar a fuga de criminosos e impedir roubos de cargas e veículos.
Além das prisões, os agentes também apreenderam armas, drogas, munições, radiocomunicadores e veículos, que seriam usados por traficantes da região. Entre os detidos, ao menos três seriam menores de idade.
De acordo com o COR (Centro de Operações Rio), a autoestrada Grajaú-Jacarepaguá foi liberada por volta das 15h40. A via que liga as zonas norte e oeste, bloqueada às 6h10, ficou fechada por quase 10 horas.
"Algumas ruas e acessos na região poderão ser interditados e setores do espaço aéreo poderão ser controlados, oportunamente, com restrições dinâmicas para aeronaves civis. Não há interferência nas operações dos aeroportos", informa o CML em nota.
Segurança reforçada
A operação no Lins acontece um dia após o Comando Militar do Leste dar início ao reforço no patrulhamento de áreas de grande circulação do Rio.
Segundo o Comando, responsável pelas operações da intervenção federal na segurança pública, o patrulhamento vai ocorrer principalmente nas zonas norte e sul e parte da região central da cidade, em parceria com a Secretaria de Estado de Segurança.
Na última terça-feira (20), o chefe de comunicação social do CML, tenente-coronel Frederico Cinelli, informou que as Forças de Segurança deixarão a Vila Kennedy dentro de duas ou três semanas, comunidade considerada "laboratório" da intervenção. A ocupação, sob o comando do interventor federal general Braga Netto, já dura cerca de um mês. Segundo Cinelli, a saída será gradual.