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Avó denuncia que recém-nascida teve cabeça ferida por instrumento durante parto no Rio

Menina está internada em UTI neonatal do Hospital da Mulher Mariska Ribeiro, em Bangu, onde já teve duas paradas cardíacas

Rio de Janeiro|Victor Tozo, do R7*, com Michelle Maia, da Record TV Rio

Avó denuncia descaso de hospital
Avó denuncia descaso de hospital Avó denuncia descaso de hospital

A avó de uma recém-nascida denuncia que a criança teve a cabeça ferida durante o parto no Hospital da Mulher Mariska Ribeiro, em Bangu, na zona oeste do Rio de Janeiro. A menina já teve duas paradas cardíacas e está internada na UTI neonatal da unidade, segundo a família.

Graciana dos Santos contou à Record TV Rio que a filha, de 17 anos, entrou em trabalho de parto na madrugada da última sexta-feira (22). Ela passou por complicações no procedimento, o que fez os médicos utilizarem um vácuo-extrator, instrumento adotado quando o bebê fica preso no canal vaginal e que teria causado o ferimento na cabeça da recém-nascida.

"Eram nove pessoas dentro da sala. Forçaram o parto. Enfiaram o vácuo e puxaram, foi mais de uma hora nisso. A neném nasceu sem respirar, sem cor, toda mole. A cabecinha dela estava toda machucada", disse.

A avó também relatou que, ao questionar uma médica sobre as marcas na cabeça da bebê, foi informada de que seria apenas "sujeira médica". No entanto, uma profissional do hospital disse à Graciana que eram, de fato, ferimentos causados pelo instrumento.

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Familiares da jovem mãe tentaram registrar o caso de negligência na delegacia de Bangu, mas foram informados pelos agentes de que precisavam dos laudos do hospital. A avó disse que solicitou os prontuários da filha e da neta, mas que a unidade só irá disponibilizá-los em 15 dias.

A mãe da recém-nascida teve alta nesta segunda-feira (25), mas, de acordo com Graciana, o hospital não permite que ela fique no alojamento cedido às mães por ser menor de idade.

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No mês passado, o Hospital Mariska Ribeiro já havia sido denunciado por negligência por uma mãe que perdeu a filha horas após o nascimento. Priscila Barbosa, de 20 anos, contou ter sido convencida a induzir um parto normal, que durou mais de duas horas, e que teve negado o pedido de fazer uma cesariana. A mãe disse que aspiração de líquido mecônio (as primeiras fezes do recém-nascido) e duas paradas cardíacas constam como causa da morte na certidão de óbito.

A Secretaria Municipal de Saúde informou, por meio de nota, que o uso do vácuo-extrator é indicado em algumas circunstâncias durante o parto, como ocorreu no caso citado.

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A direção do Hospital da Mulher Mariska Ribeiro afirmou que "não houve corte na cabeça do bebê, mas sim um hematoma típico do uso do aparelho e que, na maioria das vezes, regride em poucos dias". A unidade disse, ainda, que já houve melhora no caso do bebê.

O hospital declarou que a criança está recebendo todos os cuidados e que a família está sendo acolhida para receber as informações necessárias.

Por fim, a unidade acrescentou que foi disponibilizada para a mãe uma vaga na Casa da Puérpera para que ela possa permanecer próxima da filha durante o período de internação.

O R7 aguarda o posicionamento da Polícia Civil. 

*Estagiário do R7, sob supervisão de Bruna Oliveira

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