A Polícia Civil do Rio de Janeiro pediu que um exame de DNA seja feito em um corpo encontrado carbonizado dentro de um carro na zona oeste da capital. Segundo investigações, o corpo tem características semelhantes a Jandira Magdalena Cruz, que desapareceu em 26 de agosto após ir a uma clínica de aborto. O corpo encontrado ainda possui uma marca de tiro na cabeça. A polícia não descarta a hipótese de a mulher ter sido executada após passar mal em uma clínica clandestina.Leandro Brito, ex-namorado de Jandira, disse na sexta-feira passada (5) que uma mulher que foi levada para a 35ª DP como suspeita de envolvimento no desaparecimento de Jandira não tinha relação com o caso. — Parecia muito, mas não era ela. A investigação está bem avançada. Não tenho mais nada para falar, só isso que eu posso falar. Jandira desapareceu após entrar em um carro com outras mulheres para ser levada a uma clínica de aborto. A polícia acreditava que havia localizado a motorista do veículo, mas, ao ver a moça, Leandro Brito, não a reconheceu. O jovem estava com a ex até o momento em que ela entrou no automóvel. Brito havia reconhecido a suposta motorista por foto, mas se enganou e voltou atrás ao chegar à delegacia. Os investigadores continuam as buscas por Jandira. No telefone celular da jovem, foi encontrada a foto de um cartão de visitas de uma mulher — cujo apelido é Rose — que já foi presa quatro vezes pelo crime de aborto. A mãe de Jandira mantém as esperanças de encontrar a filha. Maria Ângela dos Santos disse que a jovem, que é mãe de duas meninas de nove e 12 anos de idade, estava deprimida e com a saúde debilitada. Segundo ela, ninguém tem o direito de julgar a decisão da filha de fazer um aborto. Jandira estava grávida de três meses. — Tenho fé que vou encontrar a minha filha viva. Informações sobre Jandira podem ser encaminhadas ao Disque-Denúncia (0xx21) 2253-1177. O anonimato é garantido.