Rio de Janeiro Comlurb não aceita abonar ou compensar faltas de garis em greve

Comlurb não aceita abonar ou compensar faltas de garis em greve

Categoria encerrou paralisação após fechar acordo de reajuste de 8%

A Comlurb (Companhia Municipal de Limpeza Urbana) não aceitou abonar ou compensar os dias em que garis permaneceram parados durante período de greve. A paralisação da categoria se deu da 0h do dia 13 deste mês à 0h do último sábado (21).

Integrantes da comissão de greve e do sindicato dos garis compareceram na tarde desta segunda-feira (23) no TRT (Tribunal Regional do Trabalho) para julgamento e formalização do fim da greve. A desembargadora Rosana Salim pediu vistas do processo e a reunião foi suspensa.

Segundo a Comlurb, a medida busca ser justa com os garis que trabalharam durante a paralisação. "Com a ilegalidade da greve dos garis por não ter o aviso prévio de 72 horas e o não cumprimento do mínimo de 75% de funcionários trabalhando, a companhia reafirmou hoje em audiência no TRT que não irá abrir mão do desconto dos dias que não foram trabalhados pelos profissionais em greve", disse a empresa, por meio de nota.

Na última sexta-feira (20), os grevistas e a Prefeitura do Rio de Janeiro, por intermédio do Ministério Público do Trabalho, chegaram a entendimento para concessão de 8% de reajuste salarial, auxílio funeral de até R$ 800 e pagamento de hora extra para líderes de turno e encarregados de coleta.

R7 conversou com Célio Viana, gari que integra a comissão grevista, que falou sobre a decisão da Comlurb. Ele afirmou que a categoria aguarda o abono das faltas e que, por enquanto, não há articulação de uma segunda etapa de paralisação. Célio disse que a greve é uma ferramenta garantida pela constituição.  

— O trabalhador já ganha pouco e ser descontado por exercer seu direito de fazer greve é complicado. Deve haver uma maior flexibilidade por parte da empresa.

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