Uma mulher que está processando o cirurgião plástico Bolívar Guerrero, preso na segunda (18) sob suspeita de manter uma paciente em cárcere privado após complicações em uma cirurgia, disse ter ficado com a mama deformada e sequelas do procedimento realizado por ele há quase dez anos. Em entrevista à Record TV Rio, Vanessa Miranda contou ter feito a cirurgia nos seios em 2013, mas que ainda sofre com vermelhidão, dor e inchaço no local. Devido às consequências, ela não consegue trabalhar nem dormir, o que a levou a tomar medicação controlada. A ex-paciente afirmou, ainda, que um ponto abriu diversas vezes e que procurou pelo médico. No entanto, ela afirmou ter sido maltratada e chamada de "louca" pelo cirurgião. "Eu fiz um exame, paguei caríssimo e ele provou que mastectomia [retirada da mama] total não tinha sido feita. Então, quero justiça. Não quero que outras mulheres passem pelo que passei. Fiz a cirurgia em 2013 e ainda hoje tenho ponto aberto", disse Vanessa. A advogada da paciente explicou que o processo contra Bolívar está em andamento na Justiça e em fase de aceitação da perícia. Segundo ela, o perito médico já foi intimado, mas ainda não se manifestou. De acordo com informações da Record TV Rio, o médico Bolívar Guerrero responde a 19 processos. Ao menos seis vítimas procuraram a delegacia após a prisão dele. O Cremerj (Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio) abriu uma sindicância para apurar o caso. A defesa do cirurgião não foi localizada pelo R7. O perfil do médico nas redes sociais compartilhou mensagens de pacientes que saíram em defesa dele. Uma publicação afirma que "tudo será esclarecido". Ele deve passar pela audiência de custódia amanhã, quarta (20). O hospital particular em Caxias, na Baixada Fluminense, onde uma paciente afirma ter sido mantida em cárcere privado por Bolívar negou as acusações.
