Justiça manda soltar PM suspeito de atirar em turista espanhola
Juiz determinou que agente seja afastado das ruas
Rio de Janeiro|PH Rosa, do R7
A Justiça do Rio concedeu, nesta terça-feira (24), liberdade provisória ao tenente da PM Davi dos Santos Ribeiro. O agente estava preso no Batalhão Prisional da PM em Niterói, região metropolitana do Rio, apontado como resposnsável pelo tiro que matou a turista espanhola María Esperanza Jimnénez Ruiz, de 67 anos, na segunda-feira (23), na favela da Rocinha. A decisão foi tomada em audiência de custódia pelo juiz Juarez Costa de Andrade.
Na decisão, o juiz apontou que, "se de um lado, o trágico acontecimento repercutiu nesta Capital e no Mundo, fato é que o custodiado estava trabalhando, possui imaculada ficha funcional, não havendo indícios de que solto possa reiterar o comportamento criminoso ocorrido à luz do dia".
O magistrado também destacou que o policial não tem condições psicológicas de retornar às ruas e que deve ser afastado do exercício de policiamento ostensivo, exercendo apenas atividades administrativas. Ele também está proibido de manter contato com as testemunhas, inclusive com colegas militares que participavam da operação na Rocinha.
Nesta manhã, a DH (Divisão de Homicídios da Capital) informou que pediu a prisão preventiva do tenente. Em entrevista à Record TV Rio, o titular da especializada, delegado Fábio Cardoso, disse que ele atirou no carro "com o propósito de matar", pois ao efetuar o disparo, atirou em direção à cabeça dos passageiros do veículo.
Pezão lamenta morte
O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), lamentou a morte da turista nesta terça e reforçou que os PMs devem seguir os procedimentos do manual de abordagem.
— É muito triste, lamentável. Esse episódio entristeceu a todos. Nenhum policial é orientado, treinado para isso. Vamos continuar a investir, aprimorar, treinar policiais para que isso não aconteça mais.