O protesto contra o aumento das passagens de ônibus (de R$ 2,75 para R$ 2,95), que parou o centro na noite de quinta-feira (13), terminou com a detenção de 18 manifestantes e a prisão de um jovem. Segundo a polícia, os 18 foram liberados ainda na quinta. Um casal detido irá responder em liberdade por desobediência. Jorge Luis Chaves foi preso em flagrante suspeito de colocar um explosivo na estação do metrô do Estácio. Ele foi autuado por porte ilegal de artefato explosivo e será encaminhado ao presídio. De acordo com a polícia, o material foi encaminhado para a Divisão Antibomba e não há informação sobre qual seria o tipo de artefato. O crime é inafiançável e prevê pena de reclusão de um a quatro anos e multa. O manifestante permanecia detido na Delegacia Mem de Sá (5ª DP), na manhã desta sexta-feira (14). Segundo o registro de ocorrência, o estudante relatou que um policial militar colocou o explosivo dentro de sua mochila para incriminá-lo. Segundo policiais civis, em outra ocorrência, um policial militar diz ter levado uma pedrada, mas não apontou o autor. Assim como na segunda-feira (10), o movimento, que começou de forma pacífica, resultou em mais uma noite de pancadaria e quebra-quebra. Policiais e estudantes trocaram bombas e montes de lixo foram incendiados. Pedras e balas de borracha voaram pela avenida Presidente Vargas. Durante a confusão, pelo menos um manifestante e um policial militar foram atingidos por pedradas. Um jovem que não participava do protesto levou um tiro no olho esquerdo. Philippe Brissant de Lima, 20 anos, foi operado no hospital Souza Aguiar. A PM estima que cerca de 2.000 pessoas participaram da manifestação.
