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Morte de Ágatha não mudará política de segurança, diz Witzel

Governador falou durante coletiva que os índices de criminalidade no Rio de Janeiro diminuíram e que Complexo do Alemão é região "conflituosa"

Rio de Janeiro|PH Rosa e Raíza Chaves, do R7*

Ágatha foi baleada em kombi no Complexo do Alemão
Ágatha foi baleada em kombi no Complexo do Alemão

O governador Wilson Witzel (PSC) realizou uma coletiva, na tarde desta segunda-feira (23), na qual falou sobre a morte da menina Ágatha Félix, de oito anos, baleada dentro de uma Kombi no Complexo do Alemão. Ele afirmou ter determinando “vigor na investigação”, mas disse não haver motivos para "um fato isolado como esse modificar a política de segurança do Estado", considerando que o Estado reduziu os índices de homicídios em 2019.

Apesar de não considerar mudanças na atuação das forças de segurança, o governador abriu a coletiva em tom emocionando, lembrando que também é pai.

“Tenho uma filha de nove anos. Não posso dizer que sei o tamanho da dor que os pais da Ágatha estão sentindo, mas sei que jamais queria passar por um momento como esse."

Sobre o Complexo do Alemão, o governador disse que é uma região "conflituosa". "É uma região que não quer ser incomodada, mas eles agem sem qualquer sentimento pela vida alheia. Provocam a polícia com arma de fogo, provocam as operações".


Assim como o governador, os secretários Marcus Vinícius Braga, da Polícia Civil, e Rogério Figueredo, da Polícia Militar, também lamentaram a morte da menina e defenderam a política de segurança do Estado.

Investigação


A Polícia Civil realizou nesta segunda-feira (23) uma perícia na kombi onde a jovem Ágata, de 8 anos, foi baleada na última sexta-feira (20) no Complexo do Alemão, na zona oeste do Rio.

A criança levou um tiro nas costas e foi levada por familiares para o Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, zona norte da cidade, mas não resistiu. O projétil foi encontrado quando o corpo de Ágata estava no IML (Instituto Médico Legal). 


Segundo testemunhas, não houve confronto entre criminosos e policiais no momento do disparo.

Os três policiais militares envolvidos na ação que causou a morte de Ágata vão prestar depoimentos ainda nesta segunda na DH-Capital (Delegacia de Homicídios), na Barra da Tijuca, ainda na zona oeste.

As armas serão entregues aos investigadores para que seja feita uma comparação com o projetil retirado no hospital.

A Polícia Civil informou, em nota, que será definida uma data para a reconstituição do crime.

*Sob supervisão de PH Rosa

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