Rio de Janeiro PF cumpre mandados no Rio, MS e Flórida em operação contra o tráfico internacional de armas

PF cumpre mandados no Rio, MS e Flórida em operação contra o tráfico internacional de armas

Grupo criminoso trazia produtos por via aérea ou marítima para uma casa em Vila Isabel (RJ) e de lá os encaminhava para milicianos e assassinos de aluguel do país

Em Vila Isabel, no Rio, PF faz buscas em casa que recebia armas dos Estados Unidos

Em Vila Isabel, no Rio, PF faz buscas em casa que recebia armas dos Estados Unidos

Polícia Federal / Divulgação

A PF (Polícia Federal) deflagrou na manhã desta terça-feira (15) uma operação para desarticular uma organização criminosa de tráfico internacional que trazia armas dos Estados Unidos para o Brasil.

Com o nome de Florida Heat, a operação ocorre em conjunto com o MPF (Ministério Público Federal) e tem o apoio da Agência de Investigações de Segurança Interna da Embaixada dos Estados Unidos.

Nas ações de hoje, cerca de 50 policiais federais, membros do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), do MPF, e agentes americanos cumprem sete mandados de prisão preventiva e cinco de busca e apreensão, expedidos pela 1ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, na capital do Rio, em Campo Grande (MS) e em Miami, nos EUA.

As investigações, que já duram cerca de dois anos, desvendaram a existência de uma quadrilha responsável pela aquisição de armas de fogo, peças, acessórios e munições nos EUA para o posterior envio ao Brasil.

Os produtos chegavam ao Brasil por meio de rotas marítimas (contêineres) e aéreas (encomendas postais) pelos estados do Amazonas, São Paulo e Santa Catarina e tinham como destino final uma residência em Vila Isabel, no Rio de Janeiro.

Na maioria das vezes, descobriu a investigação, o material era acondicionado em equipamentos como máquinas de solda e impressoras, despachados junto de outros itens como telefones, equipamentos eletrônicos, suplementos alimentares, roupas e calçados.

Após passarem pela casa na Vila Isabel, as armas eram distribuídas a traficantes, milicianos e assassinos de aluguel.

O dinheiro para a compra do armamento era enviado do Brasil aos EUA por meio de doleiros. Foi identificado um brasileiro, dono de churrascarias em Boston, que recebia parte desse dinheiro e repassava para os alvos residentes nos EUA.

O grupo criminoso investia o dinheiro do tráfico de armas em imóveis residenciais, criptomoedas, ações, veículos e embarcações de luxo.

Foi decretado também o sequestro de bens, avaliados em cerca de R$ 10 milhões.

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