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PF investiga grupo suspeito de pagar R$ 2.000 para espalhar fake news sobre candidatos no RJ

Investigações revelaram que a organização atua pelo menos desde 2016, já tendo influenciado no mínimo em três eleições municipais

Rio de Janeiro|Rafaela Soares, do R7, e Natália Martins, da RECORD, em Brasília

Suspeitos teriam influenciado ao menos 3 eleições Divulgação/Polícia Federal -12.9.2024

A Polícia Federal cumpriu quatro mandados de prisão preventiva e 15 de busca e apreensão nesta quinta-feira (12) em uma operação para desarticular um grupo suspeito de pagar até R$ 2.000 para propagar informações falsas sobre determinados candidatos ao cargo de prefeito em mais de 10 municípios do estado do Rio de Janeiro. Segundo as investigações, o esquema “sofisticado e lucrativo” era “baseado na contratação de pessoas para influenciar no processo eleitoral de diversos municípios.”

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Os nomes dos alvos não foram divulgados, e as medidas judiciais foram autorizadas pela da 8ª Zona Eleitoral do Estado do Rio de Janeiro. Além disso, também foi determinado o bloqueio judicial de bens dos investigados, no valor total de R$ 1 milhão para cada investigado.

Caso condenados, os alvos podem responder pelos crimes de organização criminosa, desvio de funcionários públicos para a atuação no grupo criminoso; utilização de “laranjas” para burlar incompatibilidades com o exercício da função pública; lavagem de dinheiro, constrangimento ilegal de servidores (assédio eleitoral); além da difusão de notícias falsas e/ou desinformação, previstos no Código Eleitoral.

Como funcionava o esquema?

Segundo a PF, os contratados recebiam instruções dos coordenadores acerca das “notícias” que deveriam divulgar sobre um determinado candidato. Assim, eles passavam a circular diariamente pelo município, inclusive se infiltrando em locais como pontos de ônibus, padarias, filas de bancos, bares e mercados.


Ainda conforme a corporação, coordenadores do suposto esquema recebiam dos líderes da organização a quantia mensal de R$ 5.000, além de serem contratados pela própria Prefeitura Municipal. No ano eleitoral, quando o plano entrava em vigor, os coordenadores eram exonerados de seus cargos e substituídos por “laranjas” — possíveis funcionários fantasmas —, a fim de manter o “direito” sobre eles.

Outro ponto que chamou atenção dos investigadores é que a “campanha” de possuía um processo de “aferição de resultado incluído no seu planejamento”. Isso era feito através da elaboração de relatórios diários das atividades, com a especificação da quantidade de eleitores abordados por dia, número de votantes em cada candidato e o total de eleitores convertidos para o candidato beneficiário do esquema criminoso.

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