Policiais civis do Rio mantêm paralisação nesta quinta; governador negocia com categoria

O chefe da Polícia Civil do Estado do Rio, Fernando Veloso, afirmou que intermediará uma reunião entre o sindicato da categoria e o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, nesta quinta-feira (22) no Rio de Janeiro. Em assembleia na quarta passada (21), quando a categoria realizou paralisação de 24 horas, os agentes decidiram manter o movimento nesta quinta.

Os policiais reivindicam reajustes nos vencimentos e a incorporação das gratificações nos salários. Cerca de 20 representantes do Sindipol-RJ (Sindicato dos Policiais Civis do Rio de Janeiro) devem acompanhar o líder do movimento, Francisco Chao, no debate com o governador.

Fernando Veloso recebeu cerca de 300 policiais civis na tarde de quarta-feira (21) na Cidade da Polícia, na zona norte do Rio, e declarou apoio à paralisação.

— Eu sou a favor da reivindicação dos policiais civis. Eu acho justa. E não sou só eu que sou a favor. Parece que o próprio governo apoia e é a favor disso, na medida em que já houve um compromisso do então governador Sérgio Cabral, renovado pelo governador [Luiz Fernando] Pezão.

Segundo a Cobrapol (Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis), entidade responsável pelo ato nacional que reúne policiais civis, federais e rodoviários federais, profissionais de ao menos 16 unidades federativas aderiram à paralisação.

O governador Pezão comentou, na quarta, sobre as exigências da categoria.

— Ao longo desses 7 anos fizemos um grande esforço de valorização na area de segurança pública. Acabamos de dar um aumento, agora em fevereiro, de quase 12%. Tenho recebido sistematicamente o líder do sindicato dos policiais civis, mostrando as dificuldades que nós temos nesse momento. Ainda tenho o mês de junho para analisar as finanças e tudo o que eu puder fazer, farei. Se eu tiver que dar algum reajuste é porque os cofres do Estado suportam este reajuste.