Rio de Janeiro Presidente e funcionários da Câmara de Mesquita (RJ) se tornam réus por desvio de verbas públicas 

Presidente e funcionários da Câmara de Mesquita (RJ) se tornam réus por desvio de verbas públicas 

Justiça do Rio aceitou denúncia do Ministério Público contra Sancler Nininho, seu cunhado e outros seis servidores da Casa

Sancler Nininho é acusado de liderar esquema criminoso

Sancler Nininho é acusado de liderar esquema criminoso

Reprodução/Redes sociais

A Justiça do Rio de Janeiro aceitou a denúncia do Ministério Público estadual contra o presidente da Câmara Municipal de Mesquita, na Baixada Fluminense, acusado de liderar uma organização criminosa que desviava verbas públicas da cidade. 

Além de Sancler, a juíza Juliana Benevides, da 1ª Vara Criminal Especializada, tornou réus outras sete pessoas: Winkler Ferreira Gouveia, cunhado do vereador; Thiago Rodrigues, chefe de RH; Elaine Izolani, diretora Orçamentária e Financeira da Câmara; Elieser Correa, marido de Elaine e diretor Financeiro; Hevandro Menezes, chefe de protocolo; Marcelo Alves França; e Carlos Henrique Siqueira, funcionários.

A magistrada abriu prazo para que as defesas se manifestem antes de decretar a prisão preventiva e o afastamento do cargo dos acusados, solicitados pelo MP.

A denúncia do Ministério Público apontou que Sancler se aproveitou de sua função na Câmara para liderar um esquema que envolvia crimes como peculato (desvio de verbas) e a nomeação de funcionários fantasmas, cujos pagamentos eram recebidos pelos membros da organização.

Ainda de acordo com as investigações, Sancler transferiu a Hevandro a responsabilidade de emissão de cheques, para assim receber indenizações que seriam pagas a funcionários exonerados da Casa. Os valores eram entregues a Winkler, que os repassava ao vereador e dividia o restante entre os outros envolvidos.

O MP também relatou que, em alguns casos, como o de Elaine, servidores eram nomeados por Sancler para cargos na Câmara, mas não compareciam ao trabalho. Já os investigados Elieser, Marcelo, Carlos Henrique e Thiago se omitiram propositalmente aos crimes cometidos pelo grupo, segundo a investigação.

O R7 procurou a Câmara Municipal de Mesquita, mas não recebeu resposta até o fechamento desta matéria. O espaço está aberto para manifestação.

*Estagiário do R7, sob supervisão de Bruna Oliveira

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