Marcello Crivella nega as acusações sobre suposto "QG da Propina"
Pilar Olivares/Reuters - 22.12.2020A promotora Patrícia Tavares pediu nesta segunda-feira (31) à Justiça Eleitoral no Rio de Janeiro pelo o arquivamento do inquérito sobre possíveis crimes eleitorais que levou o ex-prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, a ser preso preventivamente no caso do “QG da Propina”.
Tavares também pediu pela mudança da investigação do caso à Justiça comum estadual, alegando não haverem indícios de crimes eleitorais. "Não há, assim, nenhum elemento de prova que induza à conclusão da efetiva utilização desse dinheiro em campanha eleitoral ou que até mesmo justifique o aprofundamento das investigações neste sentido", escreveu.
Em nota, a defesa do ex-prefeito comemorou o pedido da promotora: "mais um indicativo a respeito da ausência de prova contra Crivella. Seguimos confiantes na Justiça".
A investigação contra Crivella foi deflagrada em 2020 e mirava um “balcão de negócios” favorável a políticos e empresários na gestão do ex-prefeito do Rio. Em dezembro daquele ano, o então prefeito foi preso após operação da Polícia Civil.
As prisões fizeram parte da Operação Hades, que apurou os supostos pagamentos de propina dentro da Prefeitura do Rio de Janeiro. Crivella nega as acusações.