Vai ser conhecida nesta quarta-feira (10), a partir das 16h, a escola de samba campeã do Carnaval carioca de 2016. Ao menos seis agremiações prometem deixar a apuração acirrada: Beija-Flor, Salgueiro, Mangueira, Mocidade, Portela e Tijuca foram aclamadas após os desfiles. A leitura das notas começa às 16h na Praça da Apoteose. Nove quesitos levam as escolas ao título de campeã: alegorias e adereços, enredo, samba-enredo, evolução, bateria, fantasia, mestre-sala e porta-bandeira, harmonia e comissão de frente. Cada um deles é avaliado por quatro julgadores. Pouco antes da apuração começar, um sorteio realizado na sede da Liesa, entidade que administra o Carnaval carioca, vai definir a ordem de leitura das notas. Os últimos quesitos a serem lidos serão os primeiros a valer como critério de desempate. No próximo sábado (13), as seis primeiras colocadas voltam à Sapucaí para o desfile das campeãs. A Estácio de Sá foi a primeira a se apresentar no domingo (7). Com um ótimo samba, a escola homenageou São Jorge, santo popular no Carnaval. O desfile marcou o retorno da agremiação, uma das mais tradicionais do Brasil, ao Grupo Especial. A União da Ilha levou para a Sapucaí o espírito olímpico e teve uma comissão de frente formada por artistas cadeirantes. Diversos atletas medalhistas brasileiros participaram do desfile. Atual campeã do Carnaval, a Beija-Flor contou a história do Marquês de Sapucaí, personagem da história que dá nome à passarela do samba. A comissão de frente impressionou ao transformar uma carroça em uma igreja barroca. Quarta escola a entrar na avenida no domingo, a Grande Rio homenageou Neymar e Pelédurante desfile sobre Santos. A agremiação de Duque de Caxias ainda relembrou o grupo Mamonas Assassinas e fez uma referência ao cantor Roberto Carlos, colocando um cruzeiro na Sapucaí. A Mocidade Independente de Padre Miguel usou a história de Dom Quixote para criticar a corrupção e os problemas sociais do País. As baianas estavam fantasiadas de Bomba da Inflação. A comissão de frente trouxe engravatados sem cabeça, e ratos em uma das alegorias simbolizavam desvio de dinheiro. As beldades da escola também chamaram a atenção: Claudia Leitte foi a rainha de bateria e Anitta, musa. A escola teve problemas com a última alegoria, que entrou na avenida sem alguns destaques e com estrelas faltando. Além disso, os carros alegóricos deixaram óleo na avenida, o que atrasou o início do último desfile. Coube a Unidos da Tijuca encerrar a noite. A agremiação mostrou a relação do homem com a terra e homenageou a cidade de Sorriso, em Mato Grosso. O abre-alas trouxe destaques sujos de barro, que se misturavam às esculturas para representar o surgimento do homem. A ala da soja interagiu com a alegoria que representava uma máquina colhedeira. A responsabilidade de abrir a noite de segunda-feira (8) ficou por conta da Unidos de Vila Isabel, que homenageou o centenário de Miguel Arraes.A escola cantou muito o samba, de autoria de André Diniz, Martinho da Vila, Arlindo Cruz e Mart’nália. O desfile começou pela tristeza do sertão seco, passou pela educação como forma de mudar a realidade e encerrou na alegria do Galo da Madrugada, o maior bloco do mundo. O Salgueiro já entrou na Sapucaí ouvindo gritos de “é campeão” na concentração. O favoritismo ficou ainda mais forte na avenida, em uma apresentação minuciosa. No enredo A Ópera dos Malandros, a escola passou por botecos, mostrou a boemia carioca, os jogos de sorte e fechou com a religiosidade. Destaque para a bateria, vestida de Geny, que desfilou embaixo de um zepelim inflável. A São Clemente chegou à Sapucaí fazendo graça para contar a história do palhaço. O desfile mostrou como o personagem se popularizou, destacou nomes importantes do humor brasileiro, como Mazzaropi, Carequinha, Dercy Gonçalves e Oscarito. Na última alegoria, uma enorme escultura articulada de palhaço desfilou batendo panela à frente de uma foto do Congresso Nacional. Quarta escola a se apresentar na segunda-feira, a Portela falou sobre as viagens pelo mundo. Para isso, abusou dos efeitos visuais. A comissão de frente fez um homem voar sobre as águas. Uma nave voou de uma alegoria para outra e arqueólogas foram engolidas por dinossauros. Já a Imperatriz Leopoldinense homenageou Zezé Di Camargo e Luciano em um desfile impecável e cheio de famosos. O carro de som contou com a sanfona de Lucy Ramos. A escola mostrou parte da história do homem do campo. A alegoria da música sertaneja usou violões de verdade para fazer uma grande varanda. A Mangueira escolheu Maria Bethânia para encerrar os desfiles do Grupo Especialcarioca. O desfile mostrou a religiosidade da cantora, primeiro no candomblé e depois no catolicismo. A escola relembrou sucessos gravados pela artista e shows que marcaram sua carreira. Diversas personalidades participaram do desfile, como Renata Sorrah, Mart’nália, Regina Casé, além de Caetano Veloso. Bethânia desfilou na última alegoria e irradiou emoção para o público e demais componentes da verde e rosa.Acesse o R7 Play e assista à programação da Record quando quiser