Sargento é preso suspeito de fornecer armas para Rogério 157 

Um sargento do Exército, suspeito de ser um dos maiores fornecedores de arma para o tráfico de drogas do Rio de Janeiro, foi preso nesta sexta-feira (20) por policiais da Desarme (Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos), com apoio de agentes da Core (Coordenadoria de Recursos Especiais) e da Inteligência do Exército. Carlos Alberto de Almeida, 36 anos, era lotado na ESSLOG (Escola de Sargentos de Logística do Exército Brasileiro). De acordo com as investigações, Carlos trabalhava, há pelo menos dez anos, como fornecedor de armas para as comunidades da Vila Aliança, Coréia, Vila dos Pinheiros, Parada de Lucas , Serrinha, Dendê e outras da Baixada Fluminense.

Segundo o delegado titular Fabricio Oliveira, no dia 15 de setembro, véspera do início da guerra na Rocinha, o sargento do Exército e seus comparsas montaram uma oficina de armas no interior da comunidade. O objetivo do local era preparar o armamento para que o traficante Rogério 157 se preparasse para os confrontos. Ainda de acordo com a Desarme, Carlos Alberto teria sido contratado por 157.

Além dele, foram presos Alexsandro Rodrigues Figueira, 34 anos, Felipe Rodrigues Figueira, 31 e Murilo Barbosa Ludigerio, 22. O grupo foi preso no momento em que fabricava peças de armas de fogo e realizava a montagem de fuzis, que, segundo a Desarme, seriam entregues a chefes do tráfico de drogas. 

As prisões foram feitas na Favela da Coréia, em Senador Camará, zona oeste do Rio. No local, os agentes apreenderam sete fuzis, seis pistolas, peças e acessórios de arma de fogo, carregadores e munições. Lá, a Polícia Civil constatou que se tratava de uma oficina que fabricava e reconstruía peças de armas. 

*Colaborou Juliana Valente, estagiária do R7 Rio