Sistema que ajuda a monitorar dengue deverá ser usado em todo Estado do Rio até o fim do ano
Monitora Dengue já é utilizado em cinco municípios da Baixada Fluminense
Rio de Janeiro|Do R7, com Agência Brasil
![Sistema ajuda a localizar focos da dengue no Estado do Rio](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/4I3UJFWA7BJTPH3IPVDCUAXXTE.jpg?auth=041a8c1afe1149bb49abb1477ed0c82f29a978911a08490b386a035dc385d629&width=277&height=160)
Depois de problemas de liberação que impediram o início da distribuição em julho, os aparelhos que permitirão a expansão do sistema Monitora Dengue para todo o Estado do Rio de Janeiro deverão ser liberados até o próximo mês. A promessa é do superintendente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da Secretaria Estadual de Saúde, Alexandre Chieppe. Segundo ele, até o fim do ano, o sistema estará em funcionamento em todo o território fluminense, exceto na capital, que tem um modelo próprio de monitoramento.
Fruto de convênio entre o Ministério da Saúde e o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o Sistema Monitora Dengue foi lançado em janeiro do ano passado. Por meio de um smartphone, cada agente de saúde envia informações sobre focos do mosquito transmissor da doença e registros de casos em cada visita. Os dados são recebidos por uma plataforma central, que armazena a localização dos focos e cruza as informações.
Para Chieppe, o sistema garante agilidade nas informações de campo sobre a dengue e centraliza a base de dados.
— No futuro, a gente vai conseguir tomar decisões com maior rapidez. Sabendo quais as residências com recorrência de focos, podemos concentrar a força de trabalho, que é limitada, nas localidades com maior risco. Em áreas com ausência de focos, será possível ter menor periodicidade de visitas.
Primeiramente, o sistema foi usado nos municípios de Nova Iguaçu e Magé. Na fase seguinte, o Monitora Dengue passou para mais três cidades: Queimados, São João de Meriti e Belford Roxo. Para que o sistema seja expandido para todo o estado, Chieppe esclarece que, além do envio dos smartphones, é necessário treinamento dos agentes.
— É importante que os agentes municipais sejam capacitados, porque existe toda uma base de dados que tem que ser alimentada, tanto pelo gestor no nível central, como pelos agentes. Também é feito um treinamento de habilidades para os agentes de endemias, que sai do processo manual de preenchimento de fichas para um sistema informatizado.
Chieppe não descarta a expansão do projeto para outras regiões do país.
Em junho, o Sistema Monitora Dengue venceu o Prêmio Tecnologia da Informação e Governo, que escolhe anualmente as 20 melhores ações da área da tecnologia da informação e comunicação criadas por instituições federais, estaduais e municipais. A iniciativa também foi indicada para o Prêmio de Excelência do Conip (Congresso de Inovação e Informática na Gestão Pública), cuja entrega está prevista para agosto, em São Paulo.