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Tiroteios voltam a assustar moradores da Rocinha

Conflitos foram registrados durante a madrugada e pela manhã

Rio de Janeiro|Do R7, com Estadão Conteúdo

Com saída das Forças Armadas, 500 militares patrulham a Rocinha
Com saída das Forças Armadas, 500 militares patrulham a Rocinha

As Forças Armadas deixaram a Rocinha, na zona sul do Rio, na última sexta-feira (29), e desde então moradores relatam situação de tensão na favela. Na madrugada desta segunda (2), houve tiroteio entre policiais, que permanecem no morro, e traficantes. Tiros voltaram a ser ouvidos pela manhã, por volta das 9h50.

— A situação continua tensa para nós. Com a saída das Forças Armadas, ninguém sabe o que vai acontecer, não conseguimos relaxar — desabafou uma moradora, que prefere não ter a identidade divulgada.

O principal motivo do medo é o fato de Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157, atual "chefe" do tráfico na comunidade, ainda estar solto. Ele vem sendo procurado na Rocinha e em outras comunidades do Rio, que fazem ligação com a favela pela mata por quase duas semanas.

O secretário de Segurança do Rio, Roberto Sá, foi à Rocinha no fim da tarde de sexta-feira e afirmou que a polícia fará "seu máximo" para proteger a população local, mesmo diante da possibilidade de novos conflitos armados entre traficantes rivais.


— Os moradores merecem todo o nosso empenho, a nossa dedicação. A população tem de ter a certeza de que nós estamos aqui para protegê-los, de que a polícia fará de tudo, o seu máximo — disse Sá, horas depois da saída das Forças Armadas.

Justiça decreta mais sete mandados de prisão na Rocinha


A avaliação da cúpula da segurança do Rio é de que a operação dos militares, que durou uma semana, foi bem sucedida. O brigadeiro Ricardo José Campos, chefe do Estado-maior conjunto, declarou que a saída das tropas da favela depois de uma semana de operação foi definida diante da constatação de que "a situação estava estabilizada".

Segundo o secretário Sá, os mil homens das Forças Armadas que participavam de bloqueios e revistas serão substituídos por 500 policiais militares. Eles farão operações de cerco em 15 pontos e de contenção em outros 14 pontos. Além disso, o Comando de Operações Especiais ficará no morro por tempo indeterminado, além dos policiais da Unidade de Polícia Pacificadora.


15 dias de operações

Desde o início das ações policiais na Rocinha, no dia 18 de setembro, a Polícia Militar apreendeu mais de duas toneladas de drogas. Os PMs também encontraram 27 granadas, 13 fuzis, 15 pistolas e seis simulacros. Além de 24 fuzis apreendidos pelas Forças Armadas.

Ao todo, 62 mandados de prisão foram expedidos, 18 pessoas foram presas e 04 menores apreendidos.

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