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Apecs: transposição do Paraíba do Sul não sana escassez

Para a ANA, é perfeitamente possível conciliar interesses do Rio, São Paulo e Minas Gerais

São Paulo|Do R7

A transposição de volume do Sistema Paraíba do Sul para o Cantareira é uma solução provisória e não resolve o problema da escassez de água, afirma o presidente da Apecs (Associação Paulista de Empresas de Consultoria e Serviços em Saneamento e Meio Ambiente), Luiz Roberto Gravina Pladevall.

— É uma solução que já estava prevista em um estudo de aproveitamento de recursos hídricos para a macro metrópole paulista, mas não resolve o problema.

Nesta quarta-feira (5), o diretor-presidente da ANA (Agência Nacional de Águas), Vicente Andreu, disse que a solução de transposição de volume do Sistema Paraíba do Sul para o Cantareira está "em vias de se viabilizar". Ele considerou perfeitamente possível conciliar interesses do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, apesar das sinalizações públicas de desacordo entre as partes.

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Para Pladevall, mais estudos do sistema de abastecimento da Grande São Paulo precisam ser realizados diante de novas variantes que surgiram nos últimos anos.

— A falta de chuvas deve ser levada em consideração na elaboração de novos estudos e projetos.


Segundo ele, mesmo com a entrada em operação do sistema São Lourenço em 2018, já licitado por meio de uma PPP (Parceria Público Privada), novas soluções devem ser buscadas.

— O sistema Cantareira abastece quase 50% da população da Região Metropolitana de São Paulo com vazão de 33 metros cúbicos por segundo. O São Lourenço terá apenas vazão de 4,7 metros cúbicos por segundo, que representa aproximadamente 15% do Cantareira.


O presidente da Apecs destaca ainda que é preciso mais do que somente a realização de obras para garantir o abastecimento da população.

— A lição de casa para todos é a economia de água, com as operadoras fazendo o seu trabalho com eficiência, a população sendo rigorosa com o gasto de água e as concessionárias reduzindo as perdas físicas.

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