Bloco desfilou na noite de domingo (19), no Bixiga
ReproduçãoOrganizadores do Bloco do Fuá denunciaram uma abordagem truculenta da Polícia Militar e da Guarda Civil Metropolitana durante a dispersão, no início da noite de domingo (19), no bairro do Bixiga, na região central de São Paulo.
Em uma publicação nas redes sociais, eles relatam que houve um atraso na saída do cortejo devido às fortes chuvas na região. Por volta das 15h, funcionários da prefeitura pressionaram o grupo a sair, mas isso não aconteceu.
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O caminhão de som só partiu pouco antes das 17h, e nesse momento já havia muitos foliões e ambulantes. Isso dificultou a locomoção do veículo em meio ao público.
Pouco depois, na rua Rui Barbosa, os organizadores pararam para dar um tempo às pessoas para que se hidratassem e usassem o banheiro.
Ao tentarem reiniciar a caminhada, por volta das 18h, depararam com uma barreira da Polícia Militar e da GCM no cruzamento com a rua Manuel Dutra. Na publicação, os organizadores disseram que tentaram negociar a extensão do horário permitido, mas que isso lhes foi negado.
Após notarem que não haveria como prorrogar o cortejo, às 19h15 o som foi desligado, os equipamentos foram recolhidos e os administradores levaram o caminhão para ser desmontado.
Ainda segundo a publicação, muitos foliões permaneceram no local cantando e dançando, e, por isso, houve a dispersão forçada pelos agentes da PM e da GCM, com uso de cassete. Pessoas que estavam no bloco afirmaram ter sido vítimas dos golpes do instrumento. Algumas vítimas foram feridas.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana e a Polícia Militar foram procuradas para se posicionar sobre a ação e ainda não responderam.
Em nota, a prefeitura de São Paulo informou que os servidores envolvidos na ação foram afastados durante a apuração dos fatos ocorridos no Bloco do Fuá.