O terceiro dia de julgamento da chacina de Osasco, em que o GCM (Guarda Civil Municipal de Barueri) Sérgio Manhanhã e os policiais militares Thiago Barbosa Henklain e Fabrício Emmanuel Eleutério são suspeitos de 17 homicídios em oito locais, seis em Osasco e dois em Barueri, foi dedicado às testemunhas de defesa, nesta quarta-feira (20). O dia começou com o testemunho de duas pessoas que tiveram a identidade protegida, mas que os próprios advogados de Fabricio Emmanuel Eleuterio revelaram que seriam a noiva e a sogra do policial. Depois da pausa para o almoço, foi ouvido o sargento da PM Adriano Henrique Garcia, que fez o trabalho de patrulhamento com Thiago Barbosa Henklain durante o dia 13 de agosto de 2015, data da chacina. Ele comentou a permanência de policiais no batalhão após o término do serviço, álibi usado por Henklain para justificar sua inocência. "É costumeiro ficar até mais tarde", disse no tribunal. Garcia também ficou preso por causa da chacina de Osasco e Barueri e permaneceu quatro meses no presídio Romão Gomes. A pedido de um dos advogados, o sargento da PM se sentou de frente para os jurados. No meio do depoimento do PM, às 13h50, um despertador começou a tocar. A juíza Elia Kinosita Bulman pediu para que o responsável fosse identificado e retirado do plenário. Outra testemunha, Marcelo Carlos Gomes da Silva, que na época era sub-comandante da Guarda Civil Municipal de Barueri, e trabalha atualmente na corregedoria da GCM local, também se sentou de frente para os jurados. Quando a terceira testemunha, o PM Carlos Eduardo Oliveira, tentou repetir a cena a juíza solicitou que o policial olhasse em outra direção, a pedido dos sete jurados do caso. Ao todo, 21 testemunhas foram ouvidas, oito apenas nesta quarta-feira. O julgamento, que continua com o interrogatório dos três réus, tem previsão para ser concluído nesta quinta-feira (21).Leia mais notícias de São Paulo