DHPP investiga execução de vidraceiro de 42 anos no Cambuci
Rogério Silva dos Santos morreu após ser baleado por dois homens em uma moto. Família acredita que suspeitos conheciam a rotina da vítima
São Paulo|Edilson Muniz, da Agência Record
A Polícia Civil investiga a morte do vidraceiro Rogério Silva dos Santos, de 42 anos. Ele foi encontrado morto dentro de um carro, por volta das 10h20 desta quarta-feira (9), na rua Professor Demóstenes Batista Figueira Marques, no Cambuci, região central de São Paulo.
Policiais militares realizavam patrulhamento quando encontraram um GM/Corsa com o vidro quebrado e o motorista baleado. Na ocasião, testemunhas informaram que dois suspeitos em uma motocicleta atiraram contra o vidraceiro e fugiram. Até o momento, ninguém foi preso.
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O SAMU foi acionado e constatou o óbito. No local, um projétil de arma de fogo, o veículo e o celular da vítima foram apreendidos e encaminhados para exames periciais.
O caso é agora investigado pelo DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa). A polícia já tem imagens de câmeras de segurança da região. Segundo a investigação, os suspeitos pareciam conhecer a rotina da vítima.
Rogério também tem passagens pela polícia, mas, segundo familiares, há 10 anos não tem mais envolvimento com o crime.
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O caso
Em imagens veiculadas pela Record TV é possível ver, a poucos metros de distância do local do crime, um carro branco estacionado e um homem em cima de uma moto, parada em frente ao carro.
Um homem sai do veículo, parece conversar com o motorista e, em seguida, sobe na garupa da moto.
O motorista da motocicleta pega o capacete dentro de uma mochila e entrega ao garupa. Ele coloca o objeto na cabeça. O condutor do carro deixa a avenida e a dupla de moto segue atrás, na mesma direção.
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Ainda nas imagens, é possível ver que a dupla na motocicleta para ao lado do carro da vítima, um Corsa, e atira. A dupla foge em seguida. Nada foi roubado.
Segundo Rosana, irmã da vítima, Rogério era vidraceiro e estava indo pegar um box para colocar na casa de um cliente. Ainda segundo a irmã, o homem teria parado no local para comer um pastel e esperar o tempo limite do rodízio, às 10h, quando foi executado. De acordo com testemunhas, a vítima estava dentro do carro falando ao telefone.
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A família disse que Rogério nunca comentou sobre possíveis ameaças e que não imaginava que poderia estar sendo seguido. Ele testemunhou um crime há algum tempo, mas a família não sabe se esse fato pode ter alguma ligação com sua morte.
Rogério era pai de quatro filhos, um de 22 anos, um de 14, um de 8 e uma bebê de 20 dias. Segundo familiares, ele era brincalhão, não se envolvia em brigas e não tinha dívidas ou estava sendo ameaçado.